Saúde

ZF do Brasil se recusa a oferecer clínica a lesionados

Dos 2,4 mil funcionários, cerca de 300, ou seja, 12,5% do quadro, estão com algum tipo de lesão

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
Trabalhadores devem manter união para que empresa atenda as reivindicações

Trabalhadores devem manter união para que empresa atenda as reivindicações

A ZF do Brasil, fabricante de autopeças com alto índice de lesionados em seu quadro de funcionários, cerca 300 metalúrgicos, negou-se a oferecer uma clínica particular para que os trabalhadores com lesões pudessem fazer tratamento.

A ZF do Brasil, instalada na zona industrial de Sorocaba, emprega aproximadamente 2,4 mil metalúrgicos. O número de lesionados [300], portanto, representa 12,5% do quadro de funcionário da empresa. Além da ZF do Brasil, o grupo tem outras duas plantas em Sorocaba: Sistemas e Lemforder.

O pedido de um convênio com uma clínica para ajudar no tratamento dos lesionados da ZF é uma das reivindicações do Sindicato dos Metalúrgicos, que tem visto com preocupação o crescente número de queixas de trabalhadores com problemas de saúde naquela empresa. “As questões psicológicas, principalmente, nos têm preocupado muito”, diz o diretor sindical João Evangelista de Oliveira.

Além do problema físico – doença ocupacional – que afeta o trabalhador, muitos funcionários acabam sofrendo perturbações psicológicas devido ao tratamento desrespeitoso que recebem da empresa assim que voltam ao trabalho após fim do afastamento pelo INSS.

“Um dos fatos que mais deprime os lesionados é a manobra da empresa, junto ao INSS. Por artimanha, a fá¬brica tem recorrido ao INSS e contestado os au¬xílios doenças B91. Ela apresen¬ta contra argumentações para que o auxílio vire um B31”, afirma Evangelista.

O Auxílio B91 se refe¬re a acidente de trabalho que obriga a empresa a recolher FGTS e dar garantia de em¬prego para o trabalhador. O B31 refere-se à doença comum, não decorrente do trabalho, e desobriga a em¬presa do recolhimento do FGTS e da garantia de em¬prego. Além disso, ao recorrer da natureza do benefício, muitas vezes o trabalhador fica sem pagamento devido ao trâmite.

Recentemente a empresa recorreu do auxílio B91 de um funcionário, alegando que a enfermidade que ele adquiriu foi em decorrência do excesso do uso de mo¬tocicleta. Acontece que o trabalhador não tem moto e nem habilitação de motociclista.

Além da clínica, o Sindicato também pediu que a empresa passe a enviar à entidade o termo de abertura de CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho) e ata da CIPA referente a cada trabalhador lesionado.

Na última terça-feira (17) diretores do Sindicato fizeram mais uma reunião com representantes da ZF do Brasil, quando voltaram a negar o convênio com uma clínica para auxiliar no atendimento psicológico aos lesionados.

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