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Trabalhadores põem fim à greve que começou na quarta-feira

Além de negar pedido de liminar da empresa, juiz citou "uso da força policial" pela direção da fábrica

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
As principais queixas dos trabalhadores são excesso de trabalho nos finais de semana, assédio moral e perseguição das chefias

As principais queixas dos trabalhadores são excesso de trabalho nos finais de semana, assédio moral e perseguição das chefias

Terminou na manhã desta sexta-feira (4) a greve decretada pelos trabalhadores da Flextronics, empresa de eletroeletrônicos instalada às margens da rodovia Castelinho, em Sorocaba. A paralisação havia sido decretada na noite de quarta-feira (2).

Os funcionários decidiram voltar ao trabalho depois que a empresa marcou uma reunião com a direção do Sindicato ainda para a manhã desta sexta. A reunião de hoje não foi conclusiva, mas já há uma nova negociação marcada.

“Na próxima quarta (dia 9) faremos uma nova reunião para discutirmos o excesso do trabalho aos sábados e domingos, a perseguição da chefia sobre funcionários, o fim do assédio moral e os dias parados durante a greve”, diz Ademilson Terto da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.

Para diminuir os turnos nos finais de semana, os metalúrgicos querem que a empresa reduza a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais.

“Acreditamos que a paralisação serviu para mostrar que os trabalhadores estão descontentes com a conduta da empresa e que ela precisa mudar. O tempo da escravidão já passou”, acrescenta o dirigente sindical Alex Sandro Fogaça.

Edson Dias, diretor financeiro da Flextronics, foi o principal representante da empresa na reunião desta sexta, ocorrida na sede do Sindicato.

Juiz nega liminar
O juiz de direito Valdir Rinaldi da Silva, da comarca de Sorocaba, negou pedido de liminar da Flextroncis, na qual a empresa pedia um interdito proibitório que, se acatado pela Justiça, impediria o Sindicato de fazer manifestação na portaria da fábrica.

Em seu despacho, o juiz escreveu que a greve é “um instrumento legítimo” que os trabalhadores têm para exercer pressão “visando a defesa ou conquista de interesses coletivos”.

No despacho o juiz escreveu, ainda, que “é totalmente inadequada e imprópria a medida judicial utilizada pelo requerente [Flextronics]” e que no seu entendimento a empresa queria “inviabilizar por completo o funcionamento da entidade sindical”, inclusive com o “uso da força policial, com o objetivo de esvaziar o movimento”.

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