Cíntia Regina dos Santos foi reintegrada na empresa na manhã desta segunda-feira, dia 14
A operadora de máquina Cíntia Regina Santos, 37 anos, foi reintegrada na manhã desta segunda-feira, dia 14, na empresa YKK, no bairro Iporanga.
Ela trabalhou de janeiro 2003 a dezembro de 2011 na fábrica, quando foi demitida sem justificativa. Mas durante esses oito anos de trabalho Cíntia foi acometida por lesões por esforços repetitivos (LER) e realizava exames médicos quando a empresa a demitiu.
Por isso, o departamento jurídico do Sindicato dos Metalúrgicos acionou os direitos trabalhistas e entrou com processo, com a conquista da reintegração nesta manhã.
O diretor sindical João Moraes Farani explica que a YKK (zíper, mecânica e alumínio) tem cerca de 750 trabalhadores, com predominância de mão de obra feminina. “Faremos uma assembléia com os trabalhadores nesta terça-feira, dia 15, às 14h, para explicar sobre a reintegração e ressaltar os problemas decorrentes dos esforços repetitivos”.
A doença
Os punhos, cotovelos e ombros de Cíntia foram afetados pela LER, doença ocupacional considerada “invisível”, que afeta milhares de trabalhadores, mas não é aparente. “Comecei a sentir dores, mas achava que eram normais. Até que o médico do trabalho pediu exames e foi constatado LER”, conta a metalúrgica.
A partir do diagnóstico, Cíntia fez fisioterapia e dois anos de acupuntura. Mas ainda há conseqüências, como dias em que a dor obriga a tomar remédios. Ela fez perícia na fábrica em dezembro de 2012 e nesse período notou que a empresa tinha modificado a linha de produção, dando mais atenção à ergonomia.
