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Economia

Tarifas de água e energia pressionam, e IPCA sobe em maio

No caso da água, pressão de veio da Grande São Paulo, com fim de incentivo à redução de consumo e reajuste. Remédios, roupas e cigarros aumentam, combustíveis caem. Em 12 meses, índice varia 9,32%

Rede Basil Atual
Fouinho/Imprensa SMetal

Entre vários outros produtos o feijão carioca teve alta de 7,61%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), taxa oficial de inflação no país, voltou a subir e variou 0,78% em maio, a maior taxa para o mês desde 2008, segundo o IBGE. Mesmo assim, o acumulado no ano, de 4,05%, é menor que o de igual período de 2015 (5,34%). Em 12 meses, o IPCA passa de 9,28% para 9,32%.

Entre os itens que pressionaram o resultado no mês passado, está a taxa de água e esgoto (10,37%), que sozinha respondeu por 0,15 ponto percentual. A pressão veio da região metropolitana de São Paulo, onde a alta foi de 41,9%, depois do fim do programa de incentivo à redução de consumo e de um reajuste de 8,4% na tarifa.

Além de São Paulo, houve aumentos nas regiões metropolitanas de Fortaleza (9,3%), de Belo Horizonte (7,72%) e de Curitiba (resíduo 0,33%, após reajuste em abril).

No mesmo grupo Habitação – que foi de -0,38%, em abril, para 1,79% -, outro destaque é o item energia elétrica, que subiu 2,28%. Efeito de altas em Salvador (11,25%), Recife (11,22%), Fortaleza (6,41%), Belo Horizonte (3,24%) e Campo Grande (0,64%). Em São Paulo, a conta subiu 2,02%, enquanto em Porto Alegre houve queda de 1,08%, devido a variações no PIS/Cofins.

Ainda em Habitação, o IBGE destaca pressão de mão de obra para pequenos reparos (0,87%), artigos de limpeza (0,85%) e condomínio (0,79%). Sozinho, esse grupo contribuiu com 0,27 ponto percentual para o índice total.

Outra alta de destaque no mês passado foi do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, com variação de 1,62%. O destaque foi o aumento de 3,1% nos preços dos remédios, que já haviam subido 6,26% em abril, acumulando 9,55% em dois meses. O instituto cita ainda aumentos de artigos de higiene pessoal (1,17%), planos de saúde (1,06%) e serviços médicos e dentários (0,91%).

A terceira maior alta entre os grupos veio de Despesas Pessoais (1,35%), com destaque para o cigarro (9,33%). Subiram ainda os itens empregado doméstico (0,87%) e manicure (0,64%).

Alimentação e Bebidas subiu menos em maio (0,78%, ante 1,09% no mês anterior). A batata inglesa, que aumentou 19,12% acumula aumento de 50,91% no ano. Também subiram os preços da cebola (10,09%), feijão mulatinho (9,85%), feijão carioca (7,61%), manteiga (4,9%) e alho (3,58%), entre outros produtos. Na outra ponta, caiu o preço da cenoura (-23,08%), ovos (-2,26%), hortaliças (-2,07%), frutas (-1,37%) e pescado (-1,33%).

Nos outros grupos, o IBGE cita, entre outros, aumentos de TV, som e informática (2,57%), artigos de cama, mesa e banho (1,89%), roupa masculina (1,88%), roupa infantil (0,97%), automóvel novo (0,80%), emplacamento e licença (0,77%) e roupa feminina (0,76%). E queda de itens como etanol (-9,54%), passagem aérea (-8,22%), excursão (-1,28%), hotel (-0,98%), gasolina (-0,85%) e gás de botijão (-0,74%).

Entre as regiões, o maior índice foi apurado em Fortaleza (0,99%), com pressão das taxas de água e esgoto e de energia elétrica. O menor foi o de Goiânia (0,28%). O IPCA variou 0,93% em São Paulo, 0,92% em Porto Alegre, 0,90% em Recife, 0,83% em Salvador, 0,78% em Belo Horizonte, 0,73% em Campo Grande, 0,64% em Curitiba, 0,62% em Vitória, 0,60% tanto em Belém como no Rio de Janeiro e 0,45% em Brasília.

No acumulado em 12 meses, o IPCA tem variação de dois dígitos em duas regiões: Fortaleza (11,01%) e Porto Alegre (10,51%). A menor é a de Vitória (7,58%).

INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,98% em maio, praticamente idêntico ao mês anterior (0,99%). No ano, está acumulado em 4,60%, ante 5,99% em igual período de 2015. Em 12 meses, fica em 9,82%, quase a mesma taxa do período imediatamente anterior (9,83%).

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