Operação Patmos

STF determina quebra de sigilo bancário e fiscal de Aécio Neves

Decisão de Marco Aurélio Mello envolve também irmã e primo do senador tucano, além de um ex-assessor de Zezé Perrella

Carta Capital
Wilson Dias/Agência Brasil
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) será investigado de 1 de janeiro de 2014 a 18 de maio de 2017

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) será investigado de 1 de janeiro de 2014 a 18 de maio de 2017

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello determinou a quebra de sigilo fiscal e bancário do senador Aécio Neves (PSDB-SP) nesta quinta-feira, 7. Aécio é investigado pelo crime de corrupção passiva e obstrução de Justiça na Operação Patmos.

A decisão também atinge o núcleo da família Neves, ao estender as medidas para a irmã de Aécio, Andrea Neves, e Frederico Pacheco, seu primo. O ex-assessor do senador Zezé Perrella, Mendherson Souza Lima, também teve seu sigilo quebrado pela justiça. Mello também revogou a prisão domiciliar e as medidas cautelares que recaíam sobre Andrea Neves, Pacheco e Souza Lima.

O decreto, que atende a requerimento da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, considerará o período de 1 de janeiro de 2014 a 18 de maio de 2017. Também serão alvos da investigação as empresas Tapera e ENM Auditoria e Consultoria.

Segundo o ministro, que é relator da investigação contra Aécio, a quebra de sigilo tem o objetivo de rastrear a origem e o destino de recursos supostamente ilícitos.

Por meio de nota à imprensa, a defesa de Aécio Neves, na figura do advogado Alberto Zacharias Toron, alegou que “os sigilos bancário e fiscal do senador sempre estiveram à disposição da Justiça”. O texto ainda coloca que entende a medida como “extremamente natural e salutar para confirmar a absoluta correção dos seus atos”.

Segundo reportagem publicada pelo G1, o advogado de Andrea Neves alegou desconhecer a decisão do ministro, mas não ter preocupação com a quebra de sigilo.

Operação Patmos

Áudio obtido por Joesley Batista mostrou o senador Aécio Neves pedindo 2 milhões de reais ao empresário dizendo que precisava do dinheiro para pagar despesas com sua defesa na Lava-Jato. O diálogo gravado durou cerca de 30 minutos.

O encontro entre Aécio e Joesley foi no 24 de março no Hotel Unique, em São Paulo. O senador mencionou ainda o nome de Alberto Toron como o criminalista que o defenderia. A menção ao advogado já havia sido feita pela irmã e braço-direito do senador, Andréa Neves. Foi ela a responsável pela primeira abordagem ao empresário, por telefone e via WhatsApp.

O senador Aécio Neves chegou a ser afastado do mandato pelo STF na época, mas teve cargo devolvido em votação do Senado.

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