Por meio da rede social Facebook uma jornalista sorocabana anuncia que está com zika, doença transmitida pelo mesmo mosquito da dengue. Como a Vigilância Epidemiológica de Sorocaba (VE) informa que até a tarde desta quarta-feira, 24, não há nenhum caso da doença confirmado, esse pode ser o primeiro registro na cidade.
De acordo com informações enviadas via secretaria de comunicação, a Vigilância explica que “houve registro de duas suspeitas de zika, que foram descartadas por meio de exames sorológicos que diagnosticaram os casos como dengue, descartando, dessa forma, a suspeita inicial de zika”.
Transmissão
A Secretaria de Saúde de Sorocaba (SES), conforme recomendação do Ministério da Saúde (MS) adotou, no dia 28 de maio, um protocolo de atendimento e notificação de casos de zika, doença de origem africana e que também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
A principal forma de transmissão é pela picada de mosquitos do gênero Aedes, sendo que em área urbana o principal vetor é o Aedes Aegypti, também responsável pela transmissão da febre Chikungunya e da febre amarela, embora esta última ocorra somente em áreas de matas em determinadas regiões do País.
A rede municipal de vigilância existente para os casos de dengue e Chikungunya está sendo aproveitada no município também para assegurar o monitoramento e fluxo de notificações de zika, atuando desde a definição de casos, investigação e coleta de exames laboratoriais. Todas as unidades de saúde da rede receberam as recomendações quanto ao protocolo a ser seguido em caso de suspeita de zika.
Sintomas
A febre do zika é uma doença viral autolimitada, ou seja, que tem um período limitado. Dura de quatro a sete dias e, via de regra, é benigna, pois não há relatos de morte decorrente desta doença que é caracterizada pelo quadro clínico de febre, conjuntivite não purulenta, dores musculares e nas articulações, além de manchas vermelhas pelo corpo.
Os sintomas da zika são bem parecidos com os da dengue, só que a febre é mais baixa, de até 38,5ºC. Já a dengue não tem nada de benigna e suas complicações podem levar a óbito.
Com base em dados da literatura internacional, o Ministério da Saúde esclarece que apenas 18% dos casos de zika vírus apresentam sinais ou sintomas da doença. O tratamento é sintomático, baseado no uso de paracetamol para dor e febre, conforme orientação médica. Não é indicado o uso de ácido acetilsalicílico (aspirina) e anti-inflamatórios, pois há risco aumentado de complicações hemorrágicas, como ocorre com a dengue. Não há vacina contra o zika vírus.
A chefe da VE de Sorocaba, Renata Guida Caldeira, pontua que as medidas de prevenção e controle da zika são semelhantes às de dengue e Chikungunya, e centradas na redução do número dos mosquitos transmissores. Desta forma, prevalece a necessidade das pessoas manterem suas casas sempre limpas, livre de criadouros de larvas do Aedes aegypti, além de utilizar repelente.
O zika vírus é endêmico no leste e oeste da África, com registro esporádico na Ásia e Oceania. Nas Américas foi identificado inicialmente na Ilha de Páscoa (território do Chile) e, agora, no Brasil. Casos importados foram descritos no Canadá, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e Austrália, divulga o Ministério da Saúde.