LUTO

SMetal lamenta a morte do ex-vereador e militante Osvaldo Noce

Osvaldo Noce, 78 anos, estava internado desde dia 27 de dezembro e faleceu na madrugada desta quinta-feira, dia 14. Ex-vereador por três mandatos, deixa um legado de lutas pela democratização do País

Imprensa SMetal com informação de Fernanda Ikedo
Arquivo/Foguinho Imprensa SMetal
Osvaldo Noce foi vereador na Câmara Municipal de Sorocaba por três mandatos: de 1983-88, 89-92 e de 93 a 1996

Osvaldo Noce foi vereador na Câmara Municipal de Sorocaba por três mandatos: de 1983-88, 89-92 e de 93 a 1996

A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) lamenta o falecimento do ex-vereador e militante histórico da cidade, Osvaldo Francisco Noce, de 78 anos. Ele estava internado desde 27 de dezembro devido a uma infecção, mas não resistiu e faleceu na madrugada desta quinta-feira, 14.

Para o presidente do SMetal, Leandro Soares, Noce foi umas das principais lideranças de esquerda em Sorocaba, sempre atuante na luta pela democratização do País e um político combativo. “Nossos sentimentos a todos os familiares e amigos desse importante companheiro. Seu legado com certeza nunca será esquecido”.

Ele deixou esposa, três filhos, três enteados, três netos. Seu corpo será velado nesta quinta, das 13h às 16h, no Pax, e o enterro logo em seguida.

Confira abaixo nota de pesar divulgada pela jornalista Fernanda Ikedo, idealizadora do documentário “Porque Lutamos”, que contou com a participação de Osvaldo Noce:

“Aos 78 anos, Osvaldo Francisco Noce partiu às 2h30 desta madrugada de quinta-feira, 14. Ele estava internado desde o dia 27 de dezembro. Referência de luta por uma sociedade mais justa, deixou um legado de militância, tanto nos movimentos estudantis, quanto política.

Nasceu em Araçatuba e biólogo formado veio para Sorocaba em 1979, onde trabalhou no Instituto Adolf Lutz até a sua aposentadoria. Teve três mandatos como vereador na Câmara Municipal de Sorocaba, de 1983-88, 89-92 e de 93 a 1996).

Nunca deixou de lutar pelos seus ideais. Da ditadura civil-militar até as reivindicações pelos direitos da classe trabalhadora. Durante a ditadura civil-militar militou junto com os estudantes pelo fim da censura, da repressão, atuou pela democratização do país, participando do Comitê Brasileiro de Anistia e foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores de Sorocaba (PT).

Desde 2005, era militante do Partido Socialismo e Liberdade (Psol).

No documentário Porque Lutamos, da jornalista Fernanda Ikedo, de 2009, ele afirma “são 45 anos de luta, sem desistir. É claro que sofri do estômago por muito tempo, depois veio me dar depressão… tudo isso é consequência do clima que a gente vivia de expectativa, de nervoso e de luta naquela época, de possibilidade de repressão, mas eu convivo e acho que posso colaborar ainda com alguma coisa”.

E contribuiu muito. Noce sempre será lembrado por se manter íntegro e acolhedor. Sempre disposto ao diálogo, não faltava a um encontro de formação, nunca recusou um convite para uma palestra, para contar sua história, sempre disposto a colaborar com um futuro melhor!”

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