Está confirmado. A categoria metalúrgica no estado de São Paulo só terá reajustes salariais satisfatórios este ano caso se mobilize para alcançar esse objetivo. Os grupos patronais do setor estão emperrando as negociações. O SMetal já começou a fazer sua parte e realizou diversas assembleias de mobilização nas fábricas esta semana.
Os Grupo 2 e 8 cancelaram as reuniões que teriam nesta quinta-feira, dia 21, com a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM), dando sinais de não ter pressa de resolver a data-base da categoria, que vence dia 1º de setembro.
O Grupo 3 interrompeu as negociações no início do mês e ainda não retomou o diálogo.
As negociações previstas para os próximos dias são apenas com o Grupo 10 e com as Fundições, ambas na sexta-feira, dia 22. No caso do Grupo Fundição, será a primeira reunião desta campanha salarial.
Com o Grupo das Estamparias de Metais a negociação será dia 26 de agosto, às 15h30, na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na capital.
Assembleias locais
Na região de Sorocaba, o Sindicato (SMetal) iniciou esta semana uma série de assembleias de mobilização, a fim de preparar os trabalhadores para fazerem pressão sobre os empresários.
“A pressão local dos trabalhadores ajuda muito a fazer com que o empresário procure o seu sindicato patronal da Fiesp e exija agilidade e seriedade nas negociações, antes que a produção deles comece a parar”, explica o presidente do SMetal, Ademilson Terto da Silva.
As primeiras mobilizações da semana na região foram, terça-feira, dia 19, na Flextronics, em Sorocaba; Senior, em Araçariguama; e Grupo Vimax, em Piedade. Na quarta, dia 20, as assembleias foram realizadas com os metalúrgicos da ZF do Brasil/Sistemas, ZF Lemforder, Scórpios e Kanjiko.