Educação

Professores estaduais entram em greve contra Reforma da Previdência

Rede também luta por reajuste salarial e pelo cumprimento da Meta 17 do Plano Estadual de Educação, que equipara os salários dos professores com outros funcionários com a mesma formação

Imprensa SMetal
Douglas Mansur
Greve foi decidida em assembleia realizada na avenida Paulista no dia 15 de março (foto)

Greve foi decidida em assembleia realizada na avenida Paulista no dia 15 de março (foto)

Professores estaduais de São Paulo estão em greve desde a terça-feira, dia 28, para protestar contra a Reforma da Previdência e também pelo reajuste salarial da categoria. Em Sorocaba, os profissionais da educação realizaram uma manifestação no centro de Sorocaba na manhã desta quarta-feira, dia 29.

De acordo estimativa da Apeoesp subsede de Sorocaba, algo em torno de 10% da rede na cidade e na região aderiram à greve. A conselheira estadual da Apeoesp, Cecília Helena Migliari Augusto, aponta que em Salto e Piedade a adesão chega aos 90%. A expectativa de entidade é que esse número cresça ao longo da semana, especialmente na sexta-feira, dia 31, quando haverá manifestação e assembleia na capital.

Cecília explica que os professores não têm reajuste há quase três anos. “Desde 2014, o Governo Estadual não reajusta os salários dos docentes. Teríamos que ter um reajuste de pelo menos 22%”.

Além disso, ela esclarece que a rede defende a aplicação da Meta 17 do Plano Estadual de Educação. “Essa meta diz que os salários dos professores devem ser equiparados com outros funcionários com a mesma formação”.

“É preciso lutar para preservarmos nosso direito à aposentadoria e, também, para recuperarmos parte do poder de compra de nossos salários, para que possamos buscar a valorização da nossa profissão e a melhoria da escola pública estadual”, disse, em nota, a presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha.

Ameaças

Na terça-feira, dia 28, a secretaria de Educação do Estado de São Paulo enviou um documento para toda rede de ensino, no qual diz que não há mais justificativa para paralisação, uma vez que o governo federal tirou os servidores estaduais da Reforma da Previdência.

O texto também ameaça os professores que aderiram a greve apontando que as faltas não justificadas vão comprometer a efetivação dos professores em estágio probatório e lembra que haverá chamada, ainda no primeiro semestre de 2017, dos aprovados no concurso de PEB II. O comunicado também aponta para o pagamento do bônus por mérito, que deve acontecer em abril.

A pasta finaliza afirmando que “deixar aluno sem escola em nada auxiliará a recuperação da autoestima brasileira, fator essencial para a retomada do desenvolvimento brasileiro”.

Para Cecília, a postura do governo não é novidade. “É uma tentativa de esvaziar a greve. Tudo que o governo Alckmin puder fazer para que o nosso movimento não tenha força, ele vai fazer. Mas nós seguimos firmes”.

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