Editorial

Povo em luta não se intimida

A filósofa Márcia Tiburi lançou recentemente um livro chamado "Como conversar com um fascista" (Editora Record). Ela denomina fascista a pessoa que não dialoga, que desaprendeu a ouvir e que dissemina

Imprensa/SMetal
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A filósofa Márcia Tiburi lançou recentemente um livro chamado “Como conversar com um fascista” (Editora Record). Ela denomina fascista a pessoa que não dialoga, que desaprendeu a ouvir e que dissemina apenas ódio e rancor em discursos rasos.

Um grupo formado por pessoas com esses ‘sintomas’ acamparam em frente ao Congresso Nacional e montaram 15 barracas manifestando-se contra a democracia política. Pode parecer estranho em pleno 2015 – com a experiência de um passado nebuloso de 20 anos de ditadura – ter conhecimento de pessoas que reivindicam intervenção militar. Mas foi isso que esse grupo organizado pedia. Esse era o objetivo desse acampamento.

É fácil identificar um fascista pelos seus atos, pelas palavras também, mas a prática não deixa dúvida. Durante a Marcha das Mulheres Negras realizada no dia 19, um dia antes do feriado da Consciência Negra, em Brasília, mulheres foram agredidas verbalmente e fisicamente.

Trabalhadoras e trabalhadores de diversas categorias, incluindo os metalúrgicos de Sorocaba e região, numa marcha que envolveu cerca de 10 mil pessoas, com bandeiras por mais diálogo, mais dignidade, mais respeito e mais união “incomodaram”, e muito, esses fascistas.

CUT, movimentos sociais e outras centrais sindicais fizeram parte desse movimento que quer a construção de uma nova dinâmica de vida, num mundo para todos e para todas. Saber o que se quer para se planejar e ter um projeto de sociedade é fundamental. Por isso, militantes sociais exigem o fim do racismo, dos preconceitos de gênero, da violência sexista em defesa da convivência pacífica e democrática.

Agora, os que pediam a intervenção militar lá em Brasília – antes da polícia legislativa desmanchar neste sábado, 21, o acampamento – foram atendidos rapidamente.

Vídeos postados em redes sociais mostram a polícia militar contendo os ânimos desses pró-milicos.

Eles não sabem o que dizem e precisam aprender a ser democráticos. Já estão atrasados, mas ainda dá tempo de pegar o bonde da história e ajudar a construir, com propostas e participação política, um futuro mais igualitário e menos violento, com mais diálogo e reflexão.

O SMetal, como entidade de trabalhadores, acompanha e apoia os movimentos sociais que lutam por uma outra sociedade. Reforma política, fim dos preconceitos, reforma agrária, fim das discriminações, democracia, ensino público e de qualidade. Essas são algumas das nossas bandeiras e as defendemos em qualquer parte, nas fábricas, nas comunidades e em todas as marchas que ressoem estabilidade política.

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