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Pesquisa mostra que o Brasil está entre os 10 piores países para trabalhar

Levantamento mapeia violações de direitos e violência contra os trabalhadores em 140 países ao redor do mundo; Brasil íntegra o ranking de piores países para trabalhar há quatro anos consecutivos

Imprensa SMetal
Agência Brasil
Desde a Reforma Trabalhista, o Brasil apareceu posicionado como um dos piores para no contexto trabalhista, por quatro vezes consecutivas

Desde a Reforma Trabalhista, o Brasil apareceu posicionado como um dos piores para no contexto trabalhista, por quatro vezes consecutivas

O Brasil está em um ranking que mostra quais são os dez piores países para se trabalhar no mundo, acompanhado por Bangladesh, Belarus, Colômbia, Egito, Filipinas, Miamar, Guatemala e Suazilândia. O dado vem da pesquisa organizada pela Confederação Sindical Internacinal (CSI), que foi divulgado na última semana, e analisa os direitos trabalhistas e condições de atuação em 140 países.

Essa não é a primeira vez que o país aparece nesta relação. Desde a Reforma Trabalhista, em 2017, o Brasil apareceu posicionado como um dos piores para no contexto trabalhista, por quatro vezes consecutivas.

Violência

Além de olhar para as condições de trabalho e garantia de direitos, este levantamento também mapeou casos de violência contra os trabalhadores e trabalhadoras. Em 50 países, a classe trabalhadora esteve exposta a algum tipo de violência física. Na América Latina, nove países registraram ataques violentos contra trabalhadores.

Práticas antissindicais

Para além disso, o estudo da CSI também expõe que atividades sindicais foram têm sido atacadas em diversos países. Em 77% dos locais pesquisados trabalhadores não têm o direito de criar ou se afiliar em entidades sindicais e, na América Latina, 92% dos países dificultaram ou limitaram o direito a greve.

Para Silvio Ferreira, presidente interino do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), no Brasil o enfraquecimento das entidades sindicais é um projeto que teve início com o impeachment da ex-presidente, Dilma Rousseff (PT), e desembocou nas reformas sancionadas por Michel Temer (MDB).

“Não é de se surpreender que, desde a Reforma Trabalhista, o país esteja nessa triste relação dos piores países para trabalhar. Além da retirada de direitos que resultou desta ação, as entidades classistas também foram diretamente atacadas, na tentativa de enfraquecer àqueles que, diariamente, fazem a defesa dos postos de trabalho e, acima disso, de segurança e saúde para os trabalhadores das diversas categorias espalhadas pelo país”, comenta.

Outro ponto observado na pesquisa, é que quatro a cada cinco países proibiram a negociação coletiva. Esse direito tem sido retirado tanto no setor público como no privado. No Brasil, a CNI identificou uma queda de cerca de 45% das negociações coletivas.

Leia a pesquisa na íntegra.

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Brasil CSI direitos trabalhistas pesquisa ranking violações
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