Os diretores da Legget & Platt, fabricante de molas para colchões instalada em Sorocaba, fecharam a fábrica na manhã desta sexta-feira (1º) e foram embora.
Os funcionários, em greve desde a manhã de quarta-feira (29), por sua vez, estão fazendo plantão na portaria da empresa, para impedir que os patrões limpem os estaques da fábrica no fim de semana.
A paralisação começou quarta (29), depois que a empresa se recusou, mais uma vez, a abrir negociações de PPR (Programa de Participação nos Resultados) com os funcionários.
Os cerca de 40 operários decidiram pela greve depois de insistirem por três anos no direito de receber PPR, como acontece com a grande maioria dos metalúrgicos de Sorocaba e região.
Na quinta (30), os diretores do Sindicato chegaram a se reunir com a direção da fábrica. Mas novamente a empresa se negou a abrir negociações do benefício com os funcionários.
Hoje cedo, sexta (1º), sem falar com os grevistas, o presidente da fábrica, Carlos Bonatto, juntamente com outros diretores, fechou a indústria e foi embora sem dar qualquer satisfação aos empregados.
A empresa, de capital norte-americano e com fábricas em diversos países, sempre se recusa a implantar o benefício.
A mais recente pauta de reivindicações sobre PPR foi encaminhada pelo Sindicato à empresa em junho deste ano.
Como as negociações não evoluíram, o Sindicato encaminhou um aviso de greve para a direção da fábrica na semana passada.
“É um absurdo a forma como a direção da empresa se comporta. Além do assédio moral e prática ainti-sindical, eles mostram, agora, que não tem o mínimo de respeito com os funcionários”, critica o dirigente sindical Marcos Roberto Coelho Latino.