Condenada pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil e pelos movimentos sociais e sindicais, a Reforma da Previdência será tema de debate na Paróquia Rosa Mística, que fica na zona norte de Sorocaba, no próximo dia 27, às 19h30.
A atividade é aberta a todos e foi planejada pelo Conselho Paroquial Pastoral da paróquia. De acordo com padre Adelar “todos precisam de informação, esclarecimento e reflexão sobre um tema que afeta a todos, especialmente os mais pobres”.
Em nota divulgada em março, a CNBB manifestou “apreensão com relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, de iniciativa do Poder Executivo, que tramita no Congresso Nacional”. A entidade também ressaltou que a Reforma propõe a exclusão social.
Até o Papa Francisco, em carta enviada ao presidente golpista Michel Temer, negou visita ao Brasil e lembrou, em um momento em que o governo Temer tenta aprovar reformas econômicas para garantir a confiança dos investidores, que não se pode “confiar nas forças cegas e na mão invisível do mercado”.
A Paróquia Rosa Mística fica na avenida Itavuvu, 2104, Jardim Maria Antonia Prado.
Confira trechos da nota da CNBB
“O Art. 6º. da Constituição Federal de 1988 estabeleceu que a Previdência seja um Direito Social dos brasileiros e brasileiras. Não é uma concessão governamental ou um privilégio. Os Direitos Sociais no Brasil foram conquistados com intensa participação democrática; qualquer ameaça a eles merece imediato repúdio”.
“Os números do Governo Federal que apresentam um déficit previdenciário são diversos dos números apresentados por outras instituições, inclusive ligadas ao próprio governo. Não é possível encaminhar solução de assunto tão complexo com informações inseguras, desencontradas e contraditórias”. “É preciso conhecer a real situação da Previdência Social no Brasil. Iniciativas que visem ao conhecimento dessa realidade devem ser valorizadas e adotadas, particularmente pelo Congresso Nacional, com o total envolvimento da sociedade”.
“Ao propor uma idade única de 65 anos para homens e mulheres, do campo ou da cidade; ao acabar com a aposentadoria especial para trabalhadores rurais; ao comprometer a assistência aos segurados especiais (indígenas, quilombolas, pescadores…); ao reduzir o valor da pensão para viúvas ou viúvos; ao desvincular o salário mínimo como referência para o pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), a PEC 287/2016 escolhe o caminho da exclusão social”. Leia a nota completa em: www.cnbb.org.br