Em negociação com a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) na segunda-feira, dia 14, os empresários do Grupo 2 ofereceram 7% de reajuste para os trabalhadores, enquanto a inflação dos últimos 12 meses está acumulada em 9,88%. Para a FEM e para o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), querer pagar 7% de reajuste equivale a chamar os trabalhadores para a briga.
O G2 reúne empresas de máquinas e eletroeletrônicos. A discussão sobre as cláusulas sociais da Convenção Coletiva estão avançadas, mas a proposta de reajuste foi rejeitada pela FEM, que aguarda data de nova reunião com os empresários.
Também no Grupo 8 (trefilação, laminação, refrigeração) as negociações sobre as cláusulas sociais estão adiantadas, mas os patrões ainda não apresentaram propostas econômicas (reajustes e pisos).
Grupo 3
Nesta quarta-feira houve negociação entre a FEM e o Grupo 3 (autopeças, forjarias e parafusos). Os empresários do setor frustraram as expectativas dos trabalhadores e não apresentaram nenhuma proposta de aumento de salários. Além disso, voltaram a emperrar o debate sobre as cláusulas sociais.
Os representantes do G3 afirmaram que só vão se manifestar sobre o reajuste após uma assembleia patronal marcada para esta sexta-feira, dia 18. A FEM solicitou ao Grupo que marque uma nova reunião para segunda-feira.
Por outro lado, a própria FEM fará uma reunião ampliada com os sindicatos filiados nesta quinta-feira, dia 17, às 10h, na sede da entidade, em São Bernardo do Campo. O encontro servirá para definir estratégias que agilizem a campanha salarial. Uma das possibilidades é definir data de envio de avisos de greve aos grupos patronais.
Outros Grupos
Nos demais grupos, o 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação), Fundição e Estamparias de Metais, as negociações estão emperradas nas cláusulas sociais e os patrões não sinalizam com nenhuma proposta econômica.
Na última terça, dia 15, metalúrgicos e outras categorias ligadas à CUT que têm data-base no segundo semestre do ano realizaram uma manifestação em frente à Fiesp (Federação das Indústrias de SP) para exigir seriedade nas negociações e reajuste salarial já.