Editorial

Palavra da Diretoria: É hora da mobilização

O editorial desta semana aborda a história da CUT e relaciona a necessidade de politização e continuidade de luta para que os objetivos da classe trabalhadora sejam alcançados

Imprensa SMetal

Fundada no dia 28 de agosto de 1983 em meio à ditadura militar, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que acaba de completar 30 anos, foi e continua sendo uma entidade guardiã da democracia no país, como afirmou o ex-presidente Lula durante evento que marcou o aniversário da central, em São Bernardo do Campo.

Forjada sob os princípios da igualdade e da solidariedade, a CUT, central sindical a qual o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região é filiado, nasceu com o objetivo de organizar, representar e dirigir a luta dos trabalhadores da cidade e do campo, do setor público e privado, ativos e inativos, por melhores condições de vida e de trabalho e por uma sociedade justa e democrática.

Por sua vez, a luta por justiça social e democracia é contínua e seu resultado vitorioso depende, necessariamente, da ampla participação e mobilização de toda a classe trabalhadora.

Exposto esse princípio ‘cutista’, lembramos aos trabalhadores que, no último domingo, dia 1º, venceu a data-base da campanha salarial dos metalúrgicos dos sindicatos ligados à Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT) no Estado de São Paulo, incluindo o de Sorocaba e Região. A data-base é o período limite para a definição, por meio de negociações, das convenções coletivas de trabalho anuais.

Apesar desse vencimento de prazo, os patrões ainda não se sentem forçados a apresentar propostas de reajustes salariais e direitos da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria. A solução para os patrões levarem os trabalhadores mais a sério? Demonstrar união e disposição para conquistar avanços.

Conforme publicado na edição 720 da Folha Metalúrgica, a FEM/CUT já havia comunicado aos empresários que nesta terça-feira, dia 3, terminaria também o prazo para que eles apresentassem propostas concretas de reajustes salariais e cláusulas sociais da Convenção Coletiva.

Após a data-base, os sindicatos filiados, como é o caso da região de Sorocaba, já podem, com respaldo legal, iniciar paralisações e protestos nas fábricas. A ideia central da assembleia, nesta sexta, é criar estratégias articuladas com outras bases metalúrgicas filiadas à FEM para forçar os patrões a apresentarem propostas de acordos coletivos.

A decisão sobre como atingir esse objetivo, incluindo a necessidade de paralisações e protestos, em sintonia com outras bases da CUT, caberá à categoria, em uma assembleia marcada para esta sexta-feira, dia 6, às 18h30, na sede do Sindicato em Sorocaba.

Além da ampla participação na campanha salarial, cabe a nós, trabalhadores metalúrgicos, estarmos atentos a todos os passos do PL 4330, que tramita no Congresso Nacional. Se aprovado, esse projeto, de autoria do deputado e empresário Sandro Mabel (PMDB-GO), vai legalizar a contratação de prestadoras de serviços para executarem atividades-fim em uma empresa.

Na prática, essa proposta infame quer precarizar as relações de trabalho e diminuir ainda mais os direitos dos trabalhadores.

Como a história de três décadas da CUT demonstra, as grandes vitórias da classe trabalhadora só foram conquistadas com muita luta e união. Diante da resistência e da ganância do empresariado que, além de dificultar a concessão de avanços, quer retirar direitos já conquistados, é chegada a hora de exercermos toda nossa mobilização para que continuemos em frente, na construção de uma sociedade mais justa e democrática.

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