Palavra da Diretoria

O valor do 13º salário

Faz tempo que os trabalhadores brasileiros se livraram de pacotes econômicos mirabolantes, como os planos de Collor e a política neoliberal de FHC, que acabavam entregando desemprego, fome e miséria

Imprensa SMetal

Faz tempo que os trabalhadores brasileiros se livraram de pacotes econômicos mirabolantes, como os planos Cruzado e Collor e a política neoliberal de FHC, que prometiam milagres repentinos e acabavam entregando desemprego, fome e miséria. O final era sempre trágico porque os planos tinham como base somente o crescimento do bolo financeiro do País. Nunca priorizavam a distribuição de renda e o aumento do poder aquisitivo do trabalhador.

De acordo a grande imprensa na época, tudo estaria bem no Brasil se os indicadores econômicos fossem positivos para o setor financeiro e para os conglomerados empresariais, especialmente as multinacionais.

Os erros da condução econômica do País só vinham à tona quando algum país estrangeiro, por mais distante que fosse, enfrentasse uma crise. Nesses casos, toda a estrutura especulativa montada pelos governos brasileiros vinham abaixo de repente, causando desemprego em massa, inflação estratosférica e outros estragos econômicos e sociais.

A síntese dessa mentalidade foi dada ainda durante o regime militar; e perdurou até os anos 90. Diante da queda da massa salarial, do achatamento de salários, de milhões de famílias passando por necessidades, os economistas e governantes neoliberais diziam: “Calma, vamos fazer o bolo (financeiro) crescer. Depois a gente distribui umas fatias pro povo”. Porém, ao fim dos planos, as fatias eram reservadas para bancos, multinacionais e grandes empresários. Para a classe trabalhadora, nem migalhas restavam nas maioria das vezes.

Nos últimos 12 anos, com os governos de Lula e Dilma, a lógica econômica mudou. O País passou a distribuir renda na medida em que crescia. E foram muitos anos de recordes de crescimento em várias áreas.

Isso aconteceu porque o trabalhador passou a ser um protagonista da economia, ao se tornar cada vez mais um consumidor. Milhões de brasileiros começaram a ajudar a virar a roda econômica ao deixar a linha da miséria e entrar na lista de clientes dos mais diversos produtos.

Outros milhões de cidadãos deixaram de ser classificados como pobres e, com o aumento do poder aquisitivo, passaram a ser tratados como “nova classe média”.

Nesse novo modelo econômico, os direitos trabalhistas, como o 13º salário, antes questionados abertamente pelos neoliberais, passaram a ser reconhecidos como essenciais para o desenvolvimento do País.

A injeção de R$ 501 milhões em 13º salário na economia de Sorocaba é uma prova irrefutável da importância dos direitos trabalhistas na sociedade. Porém, nas últimas eleições esses direitos estiveram ameaçados pela oposição raivosa ao governo Dilma. Os novos representantes do neoliberalismo foram derrotados, mas não desistiram da volta ao passado.

Eles ainda articulam, junto com seus representantes políticos, muitos dos quais infelizmente eleitos com votos dos trabalhadores, novas tentativas de derrubar direitos trabalhistas e sociais.

É bom ficarmos atentos e escolhermos um lado, muito claramente, nessa disputa que teima em não acabar.

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