O presidente do SMetal, Ademilson Terto (esq.), participou da reunião com o G3 e cobrou agilidade nas negociações
A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) e a bancada patronal do Grupo 3 (G3) tiveram nesta terça-feira, dia 29, a terceira rodada de negociações da campanha salarial deste ano. Mas não houve avanços. Os empresários insistem em se contrapor à pauta dos trabalhadores apresentando uma lista de reivindicações dos próprios patrões.
A Federação reivindica reposição da inflação nos salários, aumento real, valorização dos pisos e redução da jornada sem redução de salários.
Já os patrões querem mudar a data-base do G3, que hoje é 1º de setembro, juntamente com os demais grupos metalúrgicos. Na prática, o Grupo 3 quer negociar de forma isolada, diminuindo o volume de mobilização da categoria.
Outro pedido dos empresários é reduzir a remuneração dos aprendizes do Senai, que hoje recebem o piso salarial da categoria. Os patrões querem pagar apenas o salário mínimo para os aprendizes.
A FEM já rejeitou, com amplo apoio do SMetal, as duas reivindicações patronais. Mas a bancada do G3 continua insistindo nessas questões.
O Grupo 3 reúne representantes das fabricantes de autopeças, de parafusos e forjarias.
A próxima negociação com o grupo estava marcada para o dia 5 de agosto. Mas ela foi cancelada pelos empresários, que prometeram marcar nova data.
Grupos 2 e 8
As bancadas dos Grupo 2 e 8 marcaram, junto à FEM, suas primeiras rodadas de negociações da campanha salarial 2014. As reuniões serão, respectivamente, nos dias 5 e 6 de agosto, na Fiesp, em São Paulo.
O G2 concentra as empresas de máquinas e eletroeletrônicos. O G8 representa as fábricas de trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários e rodoviários, entre outros.
Os grupos 10, de Estamparias e de Fundições, ainda não haviam marcado negociações até a última quarta-feira, dia 30.
A data-base de todos os grupos é 1º de setembro.
