Movimentos sociais e sindicais em todo o Brasil saíram às ruas na última terça-feira, dia 10, para denunciar o golpe contra a democracia e o retrocesso que ocasionará nos direitos trabalhistas e sociais.
Convocado como Dia Nacional de Mobilização e Paralisação contra o Golpe, em Sorocaba a manifestaçãoocorreu a partir das 4h30 e contou com a participação de diversas categorias, como metalúrgicos, condutores, químicos, têxteis, papel e papelão, vestuário, além de estudantes.
A concentração dos trabalhadores, que durou cerca de duas horas, aconteceu em frente à Prefeitura Municipal, no Alto da Boa Vista. O ato, previsto para encerrar às 10h, foi interrompido devido à chuva. Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Leandro Soares, outras mobilizações devem ocorrer nos próximos dias.
“Pedimos aos trabalhadores que se mantenham mobilizados, pois continuaremos nos posicionando contra o golpe que está em curso em nosso país”, disse. “O plano deles é arrochar salários e reduzir os direitos da classe trabalhadora para atender aos interesses do setor patronal e da elite no país”, completou Leandro.
Direitos trabalhistas
Entre as pautas que ferem os direitos dos trabalhadores está o PLC 30 – conhecido como Projeto de Lei 4330 -, que amplia a terceirização até para a atividade-fim; e o PL 4522, que propõe alteração na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para não ser computado na jornada de trabalho o tempo que o funcionário gasta com a troca de uniforme e refeições, como café e lanche.
Paralisação do transporte
Os trabalhadores do transporte urbano e intermunicipal de Sorocaba e região também protestaram em defesa da democracia. Das 6h às 11h, os ônibus ficaram parados na Avenida Dom Aguirre, próximo ao Terminal São Paulo. O protesto foi previamente informado pelo Sindicato da categoria às empresas e à população.
Saiba mais
Protestos pelo Dia Nacional de Mobilização e Paralisação contra o Golpe ocorreram em 15 estados e no Distrito Federal.