Os metalúrgicos de Sorocaba e região aprovaram, em assembleia na noite desta terça, dia 14, uma proposta que garante 9% de reajuste salarial no Grupo 2, que concentra cerca de 10 mil trabalhadores do setor na região.
O índice de 9% corresponde a 4,29% de reposição da inflação acumulada em 12 meses, calculada pelo INPC-IBGE, e mais 4,52% de aumento real nos salários.
O reajuste aprovado é retroativo a 1º de setembro e é válido para todas as faixas salariais, inclusive os pisos, até o teto de R$ 4.968,46.
O grupo 2 é composto por fabricantes de máquinas e eletroletrônicos.
Acordos já firmados
Como os metalúrgicos dos grupos 3,8 e fundições também aprovaram acordos semelhantes em assembleia no último dia 3, já somam 30 mil os metalúrgicos com acordos garantidos na campanha salarial deste ano.
Os acordos coletivos dos grupos 3,8 e fundições já estão disponíveis na íntegra neste site, no campo “Convenção Coletiva de Trabalho“, na página principal.
Já o acordo com o Grupo 2, aprovado hoje, tem a assinatura oficial prevista para quinta-feira, dia 16. Após assinado por representantes de trabalhadores e padrões e ter acesso a um cópia do mesmo, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba vai disponibilizar o acordo neste site.
G10 sem acordo
Apenas o Grupo 10, com aproximadamente 10 mil trabalhadores na região, ainda não apresentou proposta de acordo satisfatória para os metalúrgicos.
A categoria metalúrgica na região de Sorocaba é formada por 40 mil trabalhadores.
Outro grupo metalúrgico em campanha salarial é o das montadoras de veículos, que está com negociações emperradas. Sorocaba, no entanto, não tem empresas desse segmento.
Melhor acordo
Segundo João de Moraes Farani, diretor executivo do Sindicato em Sorocaba e vice-presidente da FEM-CUT (Federação dos Metalúrgicos), os acordos aprovados até agora são os melhores da história da federação, pois garantem um aumento real maior do que a inflação do período.
“Sorocaba tem peso nessas negociações bem-sucedidas. As mobilizações locais dos metalúrgicos têm sido indispensáveis para fazer os patrões a atenderem nossas principais reivindicações”, afirma Farani.
Agora é Grupo 10
Sobre a demora do Grupo 10 em dar um desfecho positivo para a campanha salarial, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, Ademilson Terto da Silva, alerta: “O patrão não concede nada. Não costuma atender reivindicações sem haver mobilização anterior”
“Temos que subir o tom das nossas assembleias e protestos em fábricas como Tecsis, Wobben e Nirpo, que são do Grupo 10 e têm influência na Fiesp”, conclui.
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