Os trabalhadores do Grupo Schaeffler, em Sorocaba, rejeitaram em assembleias nesta segunda-feira, dia 27, uma proposta de Programa de Participação nos Resultados (PPR) oferecida pela empresa. A proposta rejeitada pretendia reduzir em cerca de 30% o valor de PPR pago em 2015.
A expectativa do Sindicato dos Metalúrgicos (SMetal), do Comitê Sindical de Empresa (CSE) e da comissão interna de negociação de PPR, porém, é que a Schaeffler aceitar retomar as negociações nos próximos dias e melhore a proposta.
Mas Valdeci Henrique da Silva, o Verdinho, membro do CSE, alerta que somente a mobilização dos trabalhadores na fábrica irá convencer a empresa a mudar de postura e atender às expectativas dos funcionários.
Inaceitável
“A proposta atual da empresa é inaceitável por ser incoerente. Apesar da crise, a empresa tem mostrado crescimento. Não se justifica essa tentativa de redução do valor. Temos que demonstrar indignação coletiva para reverter essa atitude da empresa”, afirma Valdeci.
O dirigente sindical ressalta que tanto o SMetal quanto o CSE sempre deram prioridade ao diálogo para solucionar conflitos com a empresa. “Por outro lado, quando a empresa adota o método da imposição, é necessário chamar os trabalhadores para reagirem à altura”.
Os valores de PPR não são divulgados para não prejudicar negociações em andamento com outras empresas do setor.
O Grupo Schaeffler tem três plantas em Sorocaba (Ina, Luk e Fag), fabrica autopeças e emprega 3,5 mil trabalhadores.