Miguel Aparecido Gaudino afirma que Defesa Civil nãoretornou mais ao imóvel e nem o hangar de onde a aeronave decolou ofereceu auxílio
A queda de um avião na última quarta-feira, dia 29, por volta das 15h40, na zona norte de Sorocaba, causou a morte de piloto e co-piloto. A aeronave de pequeno porte ficou completamente destruída após cair na rua Belmiro Moreira Soares, no Jardim São Guilherme, a cerca de 300 metros de uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
Com o choque, o avião pegou fogo, que foi rapidamente controlado pelo Corpo de Bombeiros. As chamas também atingiram 50% de uma casa, mas nenhum morador ficou ferido.
Após o susto, o proprietário do imóvel atingido pelo fogo, o operador de empilhadeira Miguel Aparecido Gaudino, que trabalha há 16 anos na Apex Tool (antiga Cooper Tools), tem vivido dias de angústia e afirma que nenhuma autoridade retornou ao local depois que a casa teve a parte da frente interditada pela Defesa Civil. “Até agora ninguém falou nada, eu preciso saber quem vai assumir [o prejuízo] e me ajudar na reconstrução”.
Ele conta que levou anos para construir a casa até se mudar com a esposa, em dezembro do ano passado. Para evitar possíveis saques, já que os portões foram danificados, Miguel tem ficado o tempo todo vigiando o imóvel. “Pus um colchão no fundo e tive que improvisar, porque a parte elétrica queimou tudo”, relata.
Sócio do Sindicato dos Metalúrgicos, Miguel conta que tanto a entidade quanto a empresa aonde trabalha já ofereceram orientação jurídica. “A sorte que naquele dia eu fui trabalhar de carro, senão o prejuízo seria bem maior, pois o avião bateu e explodiu no portão da garagem”, acrescenta.
