“Está faltando mobilização nas fábricas para agilizar a campanha salarial”, afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, Ademilson Terto da Silva, para explicar o porque dos patrões do setor ainda não terem apresentado propostas de reajustes salariais, apesar de faltar apenas uma semana para vencer a data-base da categoria, que é 1º de setembro.
Dos sete grupos patronais do setor que negociam com a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM/CUT-SP), apenas as montadoras de veículos apresentaram uma proposta de reajuste, de 8,6%, que foi rejeitada pelos trabalhadores na mesa de negociação no dia 19.
Nos grupos de Fundição; Estamparia; Grupo 2 (máquinas e eletrônicos); Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos); Grupo 8 (trefilação, laminação, etc) e Grupo 10 (equipamentos odontológicos, iluminação, etc), as discussões ainda são a respeito das cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Patrão ganha tempo
João de Moraes Farani, diretor da FEM e do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, explica que é normal as negociações começarem com as cláusulas sociais para depois entraram na questão dos reajustes, “mas este ano os patrões estão sentindo que falta mobilização nas fábricas, por isso tentam marcar mais reuniões”, afirma o dirigente.
“Tem grupo patronal querendo negociar até o dia 8 de setembro ou mais. Temos que orientar os trabalhadores a voltarem suas atenções para a campanha salarial”, alerta Farani.
Em geral, as negociações acontecem em três etapas:
1. Discussão das cláusulas pré-existentes (as que já constam na CCT);
2. Novas cláusulas sociais (reivindicações de avanços sociais);
3.Questões econômicas (reposição da inflação, aumento real, valorização dos pisos salariais).