O governo brasileiro quer dobrar de 4 para 8 bilhões de dólares o comércio com a Rússia. Além do aumento, o governo quer, também, diversificar as exportações, que hoje são concentradas em produtos alimentícios. “Queremos mostrar outras coisas, oferecer novos produtos. Não podemos ficar só na exportação de carne e importação de petróleo”, diz Norton Rapesta, diretor do departamento de promoção comercial do Itamaraty.
O presidente Lula desembarcou nesta quinta-feira (13) em Moscou, onde cumprirá agenda política e comercial de menos de 24 horas. Em seguida ele viaja para Dhora (Qatar) e Teerã (Irã), países do Oriente Médio.
Para a Rússia, como novos produtos, o Brasil quer exportar tecnologia agrária e bioenergia e importar material de defesa, de transportes, aeroespacial e até nuclear. “Precisamos mudar este patamar de investimentos que é considerado muito baixo. A Rússia é o 65º investidor no Brasil, com US$ 1 bilhão, e o Brasil investiu na Rússia entre 2007 e 2008 apenas US$ 2 milhões”, destacou Norton Rapesta.
Em um encontro marcado para esta sexta-feira, em Moscou, deverão participar pelo menos 160 empresários russos e outros 100 brasileiros.
Qatar e Irã
No Qatar, segunda escala de Lula em sua viagem de uma semana, será anunciada a abertura de uma linha aérea direta entre São Paulo e Doha, pela Qatar Airways. A rota tem a finalidade aquecer o turismo internacional entre os dois países.
Depois do Qatar o presidente brasileiro vai a Teerá, capital iraniana. Além das discussões polêmicas sobre o enriquecimento de urânio por aquele país, Lula participará de um seminário empresarial para ampliar o comércio entre os dois países.
Lula ainda visitará a Espanha e Portugal, retornando ao Brasil no dia 20.