Foram mais de seis anos de batalha judicial e lutas sindicais, com muitas vitórias e conquistas dos metalúrgicos na Tecsis, mas agora a Justiça determinou que a empresa é do ramo químico e os trabalhadores, portanto, devem deixar de fazer parte da nossa categoria profissional.
A diretoria do Sindicato lamenta a decisão, mas vai respeitá-la. No entanto, ainda não há data para a sentença da juíza Maria Cristina Brizotti Zamuner, da 1ª Vara do Trabalho de Sorocaba, publicada no último dia 5 de outubro, entrar em vigor.
Devido à indefinição quando à data da mudança de enquadramento sindical, o departamento jurídico do Sindicato dos Metalúrgicos embargou a sentença. Somente após o julgamento do embargo será possível dizer a partir de quando os trabalhadores da Tecsis passarão a ser representados pelo Sindicato dos Químicos.
Sem negociação
Apesar dessa pendência em relação à data, a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos não vê mais possibilidade de negociar a campanha salarial deste ano com a Tecsis. Para o Sindicato, se antes já era difícil negociar com a empresa, agora, com essa sentença, os patrões têm muitos mais argumentos para negar o diálogo.
A Tecsis tem cerca de 7 mil funcionários. A subseção do Dieese tem um estudo pronto que mostra um crescimento da categoria metalúrgica na região, que havia saltado de 46 mil para 50 mil trabalhadores nos últimos meses. O estudo seria divulgado nos próximos dias. Mas com a recente decisão da Justiça sobre a Tecsis, o número de metalúrgicos cai para 43 mil na região.
Nos próximos dias, o Sindicato dos Metalúrgicos irá distribuir um informativo aos trabalhadores da Tecsis com mais detalhes sobre a decisão judicial e sobre a situação dos sindicalizados metalúrgicos daquela empresa.