A maior conta de brasileiro revelada pelo caso HSBC-SwissLeaks pertencia ao empresário Benjamin Steinbruch, que entre os anos de 1988 e 2007, atingiu a soma de R$ 543 milhões, depositados no banco na Suíça.
Segundo reportagem do Portal “Brasil 247”, a empresa de Benjamin, a Vicunha, cresceu de forma bastante rápida assim que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) assumiu o poder, em 1995.
A Vicunha era um grupo têxtil que enfrentava dificuldades por conta da abertura econômica do Brasil nos anos 1990. Porém, de acordo com a publicação, quando FHC assumiu o poder e, consequentemente, as privatizações começaram, a Família Steinbruch se tornou acionista da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Light e uma das maiores empresas do País, a Vale.
No primeiro ano do governo FHC, o chefe da empresa contratou o filho do ex-presidente, Paulo Henrique Cardoso, como seu assessor especial. Dois anos depois, Benjamin Steinbruch ganhava o título de “megaempresário” dado pelo “Grupo Folha”.
De acordo com matéria publicada na versão online da revista “Veja”, em 2000, o filho de FHC esteve ao lado do empresário na época da privatização da Light, leiloada em 1996. “Steinbruch, um dos controladores da CSN, queria que o BNDES participasse do consórcio formado pela Electricité e dois grupos americanos, além da própria companhia. Pessoas que então conviviam com o empresário diziam que o filho do presidente contribuiu para que o banco realmente entrasse no grupo”. dizia o texto.
Os irmãos Mendel e Eliezer Steinbruch eram clientes do HSBC em Genebra desde de 1988, segundo dados obtidos pelo jornal “Le Monde” e divulgados pelo UOL. A fortuna nem sempre foi declarada à Receita Federal do Brasil. Mendel era proprietário beneficiário de seis contas no banco e tinha conexão com outras cinco.
Viúva de Mendel, morto em 1998, Dorothea Steinbruch estava ligada a 12 contas, sendo beneficiária efetiva de 11 delas. Somando todas, o valor acumulado chegou a US$ 464,2 milhões, entre 2006 e 2007. De acordo com dados divulgados pelo UOL, todos os filhos de Mendel eram clientes da unidade suíça do HSBC.