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Campanha Salarial

Grupo 3 agenda nova negociação com a FEM-CUT

A rodada acontece na próxima terça-feira, dia 30, na sede do Sindipeças, em Santo Amaro(SP), e contará com a participação do Grupo 3, que reúne os setores de autopeças, forjaria e parafusos

Imprensa FEM-CUT
Adonis Guerra/Imprensa FEM-CUT

FEM-CUT terá nova negociação com o Grupo 3 (foto)

A bancada patronal do Grupo 3 (que reúne os setores de autopeças, forjaria e parafusos) agendou uma nova rodada de negociação com a FEM-CUT/SP na próxima terça-feira (30), às 10h, na sede do Sindipeças, em Santo Amaro.

Na última rodada, ocorrida no dia 17, o G3 havia feito a proposta de reajuste salarial de 6,35% (reposição integral da inflação da data-base da categoria metalúrgica, 1º de setembro, calculada pelo INPC do IBGE), que foi rejeitada pela Federação.

Além do G3, as demais bancadas também apresentaram apenas o INPC. “Esperamos que nesta rodada, o G3 avance e nos apresente uma proposta que contemple o aumento real”, conta o presidente da FEM, Valmir Marques da Silva, Biro-Biro.

Na última rodada, a FEM também questionou a alta rotatividade (demitem quem ganha um salário maior para contratar com salário menor) nas empresas do G3 que prejudica os trabalhadores.

De acordo com levantamento da Subseção do Dieese na Federação, em 2013, a rotatividade nas empresas do G3 na base FEM chegou a 20,08%. “Essa prática corrói os salários dos trabalhadores que não se apropriam de todos os ganhos conquistados nas campanhas salariais”, conta Biro-Biro.

A inclusão do vale-cultura, como cláusula social, na Convenção Coletiva de Trabalho também será debatida com a bancada do G3.

Mobilizações no Estado continuam

Enquanto as propostas patronais não evoluem, os sindicatos metalúrgicos filiados darão continuidade às mobilizações nas bases. Já estão acontecendo diariamente assembleias prolongadas nas portas das fábricas do ABC paulista, Sorocaba, Pindamonhangaba, Salto, Itu, Taubaté, São Carlos, Matão e Monte Alto.

A FEM-CUT protocolou comunicados de greve para todas as bancadas, que determinam que após o prazo de 48 horas, os cerca de 215 mil metalúrgicos em Campanha Salarial na base da FEM poderão entrar em greve geral por tempo indeterminado.

Ações unificadas

Nesta sexta-feira (26), a Federação se reunirá com os presidentes dos Sindicatos dos Metalúrgicos de São José dos Campos (Conlutas), de Campinas, Limeira e Santos (base da Intersindical), às 10h, na sede da CUT Nacional, situada no bairro Brás, para debater estratégias de mobilizações conjuntas pela Campanha Salarial.

Base FEM em Campanha

Neste ano estão sendo negociadas as cláusulas econômicas, porque as sociais têm validade de dois anos e valem até 31 de agosto de 2015.

As reivindicações deste ano são: reposição dos salários pelo índice integral da inflação; aumento real de salário; valorização dos pisos; licença-maternidade de 180 dias para os grupos patronais que ainda não concedem este benefício às trabalhadoras (No Grupo 8 e Estamparia a cláusula é “facultativa” e a FEM quer que se torne um direito garantido e no G10 a cláusula assegura 150 dias) e redução da jornada de trabalho para 40h semanais sem redução no salário.

Grupo 2 (máquinas e eletrônicos)
Total:89,139 mil
Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos)
Total: 51,531 mil
Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários,
rodoviários entre outros)
Total: 41,872 mil
Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros)
Total: 23,825 mil
Estamparia
Total: 5,337 mil
Fundição
Total: 3,941 mil
Total: 215, 645 mil metalúrgicos em Campanha. Lembrando que a FEM-CUT/SP representa
251 mil metalúrgicos na base (neste dado estão incluídos os setores aeroespacial e montadoras)

Fonte dos dados: Subseção do Dieese da FEM-CNM/CUT

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