Os trabalhadores da empresa Syl, em Sorocaba, decidiram hoje, dia 2, em assembleias na porta da fábrica, manter a greve, iniciada há oito dias, para conquistar uma proposta de política interna de cargos e salários.
Por sugestão do Tribunal do Trabalho, o Sindicato colocou hoje uma proposta em votação na porta da fábrica. Por essa proposta, a paralisação seria encerrada hoje, a empresa teria 30 dias para apresentar uma proposta de grade salarial e o pagamento dos quatro dias de greve (até dia 28) seria dividido, com dois dias para Syl e dois dias pelos trabalhadores.
A sugestão foi rejeitada por unanimidade pelos trabalhadores do primeiro e segundo turnos, manhã e tarde, que decidiram manter a paralisação até que a empresa apresente uma proposta de política salarial satisfatória.
A audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª região, em Campinas, aconteceu na segunda-feira, dia 30. O Sindicato tinha expectativa que a empresa apresentasse uma proposta de acordo na audiência, o que não aconteceu.
Desde o dia 25
Desde o dia 25 de abril os trabalhadores da fabricante de freios para veículos estão parados devido ao que o Sindicato dos Metalúrgicos classifica como “falta de transparência e de justiça na grade de cargos e salários da Syl”.
“Hoje [quarta-feira, dia 2] estamos na porta da fábrica desde às 5h da manhã, aguardando uma proposta da empresa. Até agora [16h] não tivemos retorno. Dessa forma, fica difícil os trabalhadores darem qualquer voto de confiança para a Syl”, afirma Marcos Roberto Coelho, Latino, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos.