A greve dos trabalhadores do Grupo Prysmian/Draka, em Sorocaba, completou sete dias nesta terça-feira, dia 18. A empresa apresentou na tarde de segunda-feira, dia 17, uma proposta de 8% (reposição integral da inflação e mais aumento real de 1,65%), que foi rejeitada pelos trabalhadores dos três turnos da fábrica, em assembleias realizadas ontem e hoje.
Como ainda não houve acordo, o SMetal espera nova proposta da fábrica para ser colocada em votação em assembleia nas duas unidades (Alto da Boa Vista e Éden) do Grupo Prysmian/Draka.
Na maioria dos acordos salariais com outras empresas do setor, o Sindicato tem conseguido reajuste de 8,48%, com 2% de aumento real.
70% da categoria garantiu reajustes
Do total de 45 mil metalúrgicos da região, cerca de 31.500 (70%) já conquistaram reajustes com aumento real, retroativos à 1º de setembro, que é a data-base da categoria. Os 31,5 mil metalúrgicos com acordos já assinados estão distribuídos em 330 empresas do setor na região.
Além da Prysmian, outras empresas que não concederem aumento real poderão entrar em greve a qualquer momento, avisa o Sindicato.
Normalmente as negociações de campanha salarial da categoria são lideradas pela Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) e têm abrangência estadual. Este ano, porém, devido ao impasse nas negociações gerais, a própria FEM orientou os sindicatos a negociarem os reajustes por empresa.
O Grupo Prysmian tem duas plantas em Sorocaba, uma no Alto da Boa Vista e outra no Éden, onde ficava a antiga Pirelli. A empresa fabrica cabos para energia e telecomunicações e conta com cerca de 500 trabalhadores na cidade.