Os dirigente sindicais sempre falam que só com mobilização se conquista direitos e os mantém. Os caminhoneiros sabem bem disso. Eles estiveram reunidos com Bolsonaro pouco antes do aumento médio da gasolina, há três dias.
Com o anúncio do reajuste nos preços da gasolina vendida pela Petrobras nas refinarias, feito na quarta-feira, 27, pela estatal, o combustível acumula alta de 28% neste ano. Mas o diesel, usado pelos caminhões, não aumentou.
O custo de vida só aumenta. A inflação também vai aumentar, após a alta da carne, da gasolina, do gás de cozinha. Um país que vive para exportar e não para alimentar dignamente seu povo aplaude as novas formas de colonização.
Por que mais um aumento?
De acordo com o economista da subseção do Dieese da FUP (Federação Única dos Petroleiros), no Rio de Janeiro, Cloviomar Cararine Pereira, essa alta tem relação com a política adotada pelo governo de paridade internacional de preços e a flutuação do barril nos países afeta diretamente o valor que o consumidor vai pagar nos postos de gasolina.
Essa instabilidade de preço deve continuar, segundo Pereira. Um exemplo citado por ele foi de uma alta nas bombas brasileiras devido ao tornado que passou e arrasou refinarias nos Estados Unidos. “O tornado que aconteceu lá aumentou o preço aqui”.
A política de aumento da gasolina serviria para reajustar o diesel, mas a pressão dos caminhoneiros conseguiu impor um freio. De fato, sem pressão, sem mobilização, não há conquista.