Cerca de 270 merendeiras de Sorocaba correm o risco de perder o emprego. A informação é da presidente do Sindicato da Alimentação de Sorocaba, Terezinha de Jesus Baldino, que prestou depoimento hoje à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga problemas na preparação e distribuição da merenda escolar no município.
A informação, em tom de alerta, é devido ao cenário de incertezas que surge com o fim do repasse da merenda pela administração municipal e também porque a partir de 1º de abril, passa a ser fornecida apenas a chamada alimentação “seca”, sendo assim, o serviço das merendeiras deixa de ser necessário e os próprios alunos ficarão encarregados de organizar esse serviço. A situação foi motivo de vários protestos por parte de alunos das Escolas Técnicas de Sorocaba na última semana.
Em entrevista ao Cruzeiro do Sul o secretário municipal de Educação, José Simões de Almeida Júnior, disse que o aporte da merenda não foi autorizado pelo Estado. “Solicitamos um aporte de R$ 18 milhões que é a diferença que o tesouro de Sorocaba adiciona para pagar a merenda estadual. O Estado preferiu não nos enviar este aporte e centralizar a merenda, como acontece na maioria das cidades com mais de 600 mil habitantes”.