A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) rejeitou duas propostas patronais de reajuste salarial em negociações nos últimos dias. Na terça-feira, dia 18, o Grupo 2 propôs 6% de aumento nas empresas com até 100 trabalhadores e 6,5% nas fábricas com mais de 100 funcionários. Na quarta, o Grupo 3 ofereceu 7% de reajuste. A FEM não abre mão de, no mínimo, 8% de reajuste.
O único grupo patronal que chegou aos 8%, até o momento, foi o das fundições. Em Sorocaba, a assembleia que aprovou o acordo das fundições aconteceu domingo, dia 16. A mesma assembleia que aprovou o acordo também autorizou o Sindicato a organizar greves nas fábricas que se recusam a garantir os 8% de reajuste. Desde segunda, já houve paralisações de curta duração em diversas empresas.
Outras propostas
Na última negociação com o Grupo 8 e as Estamparias, semana passada, a proposta foi de 7% nas fábricas com até 50 trabalhadores e 7,5% nas empresas maiores. No caso do Grupo 10, a proposta mais recente foi de 6,5% nas empresas com até 35 trabalhadores e 6,97% nas demais.
“Nosso Sindicato, em Sorocaba, vai seguir a orientação da FEM. Exigimos 8% de reajuste, que representam 5,39% de reposição da inflação e 2,5% de aumento real”, afirma Ademilson Terto da Silva, presidente do Sindicato em Sorocaba.
Sem acordo, empresas se comprometem com 8%
Em assembleia realizada no último domingo, dia 16, os metalúrgicos de Sorocaba e região decidiram pela “greve pipoca”, que iniciou na segunda-feira, com paralisações e protestos em várias fábricas.
A única proposta de reajuste salarial aprovada foi a de 8% apresentada pelo setor de Fundição. Com isso, o índice tornou-se referência para as negociações dos outros setores. Já as ofertas abaixo de 8%, feitas pelos representantes dos demais grupos patronais (2, 3, 8, 10 e Estamparia), foram rejeitadas pelos trabalhadores.
Entretanto, até o final da tarde desta quarta-feira, dia 19, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região já havia recebido de aproximadamente 15 empresas desses grupos o compromisso de reajuste de 8%. “O Sindicato continua aberto para que outras empresas se comprometam em dar os 8% reivindicado pela categoria. Caso contrário, a greve poderá ser deflagrada a qualquer momento”, afirma Ademilson Terto da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.
Enquanto isso, as negociações da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) prosseguem.