A bancada dos trabalhadores metalúrgicos rejeitou, em negociações na última terça-feira, dia 6, as propostas de reajustes salariais apresentadas pelos grupos patronais 8 e 10. Os empresários ofereceram, respectivamente, 8,5% e 8,2% de reajuste.
A proposta do Grupo 8, de 8,5%, representa 7,4% de reposição da inflação do período (INPC dos últimos 12 meses) e 1,02% de aumento real. Já no Grupo 10, os 8,2% apresentados pelos patrões equivalem a 7,4% de reposição da inflação e 0,74% de aumento real nos salários.
Os trabalhadores são representados nas negociações pela Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM/CUT).
O INPC de 7,4% (de setembro de 2010 a agosto de 2011) foi divulgado pelo IBGE na última terça-feira, dia 6. Antes disso, as negociações trabalhavam com uma estimativa de 7,3%.
Além das propostas dos grupos 8 e 10, os metalúrgicos da CUT haviam rejeitado, na segunda-feira, dia 5, uma proposta do Grupo 3, que ofereceu 8,3% de reajuste (0,83% de aumento real).
Os índices divulgados pela imprensa SMetal Sorocaba têm como fonte de informações a subseção local do Dieese.
As negociações com o G8 e G10 continuarão na próxima semana, terça-feira, dia 13, às 10h e às 14h, na FIESP. O Grupo 3 deverá marcar reunião com a FEM/CUT entre sexta, dia 9, e segunda, dia 12.
G10 quer avançar nos direitos das trabalhadoras
Com relação aos direitos sociais, a bancada patronal do Grupo 10 quer avançar no aumento do percentual do auxílio creche, na licença em caso de aborto espontâneo, bem como na contratação de mulheres e na sua ascensão profissional. Os detalhes destas cláusulas serão debatidos na próxima rodada, dia 13.
Já na bancada do G8 ainda não houve avanço, principalmente, nas cláusulas que reivindicam a ampliação da licença maternidade de 120 para 180 dias e o combate às práticas antissindicais. A bancada se comprometeu em apresentar uma resposta à FEM também na próxima negociação.
FEM continua negociação com Fundição e Grupo 2 na quinta
Nesta quinta, dia 8, a FEM/CUT se reúne com as bancadas patronais da Fundição, na Abifa, e Grupo 2, no sindicato patronal Abinee (FIESP).
Bancadas patronais
Montadoras (ABC paulista, Taubaté e São Carlos); – acordo fechado pelo período de dois anos – 10%, sendo 5% de aumento real no período do acordo.
Fundição;
Estamparia;
Grupo 2 (máquinas e eletrônicos);
Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos); — proposta reprovada 8,3% (5/09)
Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros); — proposta reprovada 8,5% (6/09)
Grupo 10 (reúne os sindicatos patronais dos setores de lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros). — proposta reprovada 8,2% (6/09)