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FEM-CUT/SP e Grupo 3 iniciam negociação da Campanha Salarial

A Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT e a bancada patronal do Grupo 3, realizaram na tarde desta quinta, 23, a 1ª rodada de negociação da Campanha Salarial na sede do Sindipeças

FEM/CUT
Edu Guimarães

A esquerda da foto, o presidente da FEM-CUT/SP, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão

A Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT/SP) e a bancada patronal do Grupo 3 (que reúne os setores de autopeças, forjaria e parafusos) realizaram na tarde desta quinta-feira (23) a 1ª rodada de negociação da Campanha Salarial, na sede do Sindipeças, em Santo Amaro.

A data-base do ramo metalúrgico cutista é 1º de setembro. Do total de 200 mil trabalhadores na base da FEM que estão em Campanha, 23% trabalham nas empresas ligadas ao G3 no Estado de São Paulo.

Na ocasião, as bancadas debateram a importância do diálogo para enfrentar os problemas e a criação de condições para se chegar a um consenso para a construção da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

A bancada dos trabalhadores também pediu aos empresários mais otimismo. “Sabemos das dificuldades que a economia do País atravessa, mas apostamos sempre no diálogo. Também é importante termos criatividade e paciência pois a nossa Campanha será longa”, conta o presidente da FEM-CUT/SP, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão.

PPE

Outro tema abordado durante a 1ª rodada foi o Plano de Proteção ao Emprego (PPE), lançado no Brasil no dia 6 de julho. As regras estabelecidas pelo governo, para proteger o emprego, foram publicadas na terça-feira (21) no Diário Oficial da União. Os empresários fizeram perguntas sobre o Programa e disseram que há algumas empresas com dificuldades que podem solicitar a sua adesão. “O PPE oferece melhores condições aos trabalhadores e dará mais fôlego às empresas. Nós metalúrgicos da FEM-CUT/SP esperamos de forma rápida a aplicação do PPE, em razão das demissões que estão ocorrendo em alguns setores. Somos favoráveis ao PPE porque é um mecanismo que protege os postos de trabalho”, explica Luizão.

Próxima rodada com G3

A FEM-CUT/SP e o Grupo 3 agendaram a próxima rodada de negociação para, o dia 12 de agosto, às 10h, na sede do Sindipeças, em Santo Amaro.


Principais reivindicações da FEM-CUT/SP

Os metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo aprovaram como principais bandeiras de lutas: 40 horas semanais; a reposição da inflação e aumento real; a unificação e valorização dos pisos e a valorização das cláusulas sociais. O slogan da Campanha é “Nenhum Direito a Menos e
Mais Avanços Sociais”. As pautas de reivindicações foram entregues para as bancadas patronais no dia 3 de julho.

As cláusulas sociais serão o destaque. Foram apresentadas mais de 30 contribuições que vieram das Plenárias Regionais realizadas em Monte Alto, Itu e Taubaté que propõem melhorias nas cláusulas pré-existentes (que estão em vigor nas Convenções Coletivas de Trabalho) e a inclusão de novos direitos. “Queremos uniformizar as nossas cláusulas pelo o que temos de melhor em cada grupo”, explica Luizão.

Perfil dos setores metalúrgicos base FEM-CUT/SP

A Federação negocia com seis bancadas patronais: Grupo 2 (máquinas e eletrônicos); Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos); Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros); Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros); Estamparia e Fundição. A data-base do ramo metalúrgico cutista é 1º de setembro e estarão em Campanha aproximadamente 200 mil trabalhadores na base da FEM no Estado.

Negociação com a Fundição
As negociação da Campanha Salarial da FEM continuam nesta sexta-feira (24) com a bancada patronal da Fundição, às 10h, na sede do Sindicato da Indústria de Fundição do Estado de São Paulo (Sifesp), na Avenida Paulista.

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