Na manhã de segunda-feira, dia 8, a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, entregou o aviso de greve aos patrões, conforme aprovado em assembleias realizadas em todos os sindicatos que compões a FEM-CUT, após os trabalhadores rejeitarem a proposta econômica.
O presidente da FEMCUT, Luiz Carlos da Silva Dias, Luizão, explicou que estava aguardando que as assembleias fossem realizadas também nas outras cidades que compõem a base da Federação e reforçou a necessidade de a categoria estar mobilizada.
“O aviso de greve é mais um passo para criar pressão no sistema para que os patrões se movimentem. A categoria tem que estar em alerta máximo, pode ser que ainda esta semana seja necessária uma movimentação mais brusca”.
O presidente comentou sobre os possíveis impactos do resultado do 1º turno das eleições. “São vários aspectos a serem analisados, o primeiro deles, certamente negativo é a configuração do Congresso eleito. Se nós já tínhamos um Congresso conservador, esse parece ser muito mais conservador e muito mais à direita do que aquele eleito há quatro anos”, avaliou.
Luizão fez questão de lembrar que o partido do candidato à presidência que lidera as intenções de voto, que tinha apenas 1 deputado federal, elegeu agora 52. “Isso apesar dele afirmar que os trabalhadores precisam decidir se querem empregos ou direitos. O congresso eleito sofreu uma grande renovação, mas isso não significa que renovou para melhor, os direitos estão mais ameaçados do que nunca”, enfatizou.
Por outro lado, conforme lembrou o dirigente, as eleições no estado de São Paulo mostraram que os trabalhadores deram o troco naquele que bancou a retirada de direitos, tirando o dono do pato do segundo turno.
“Skaf foi o grande derrotado, o articulador junto com o MDB da reforma Trabalhista e da Terceirização. Mas não podemos esquecer que o PSDB também é da base aliada de Temer que articulou o golpe contra os trabalhadores”.
Ainda sobre a ameaça que representa para os trabalhadores a candidatura da direita, Luizão lembrou o ataque ao 13º. “O PSL tem no seu vice declarações assustadoras de que o 13° é uma jabuticaba brasileira. Certamente o empresariado gostaria que a retirada do 13º fosse aprovada”.
“Portanto, esse é um momento de extrema atenção, tanto para a valorização da nossa Campanha Salarial, como para a escolha de um governo comprometido com a revogação da reforma Trabalhista e da Terceirização”, concluiu.
Os dirigentes dos sindicatos que compõem a Federação se reúnem hoje para avaliar os próximos passos da Campanha Salarial.