De acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, cerca de 24% da população brasileira é composta por pessoas que possuem algum tipo de deficiência.
Apesar de a Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência ter 25 anos, a inclusão desses trabalhadores/as não é completa. “Nas empresas que estão na base territorial da FEM-CUT/SP, por exemplo, nenhum grupo de negociação cumpre a cota”, explica Adilson Faustino, o Carpinha, Secretário Geral da FEM-CUT/SP.
Essa situação motivou a FEM-CUT/SP, através da Secretaria de Políticas Sociais, a encontrar uma solução para auxiliar a inserção dos trabalhadores/as com deficiência no mercado de trabalho. “Através da ABEA conhecemos a metodologia do Emprego Apoiado e como isso poderia contribuir na inserção dos trabalhadores/as com deficiência no mercado de trabalho”, explica Edvaldo Moura, o Pula Pula, Secretário de Políticas Sociais da FEM-CUT/SP.
Carpinha lembra que em 2016 a Campanha Salarial foi atípica e ainda assim foi possível garantir avanços: “Estamos um período delicado, cheio de crises políticas, econômicas, além de uma instabilidade institucional. Nos colocamos para impedir qualquer tipo de retrocesso e ainda foi possível avançar”.
Carpinha, Secretário Geral FEM-CUT/SP
Uma das conquistas da Campanha Salarial 2016 – Sem pato, sem golpe, por mais empregos e direitos, foi justamente a inserção de uma clausula na Convenção Coletiva de Trabalho do Grupo 2 e Fundição que recomenda o cumprimento de cota através do Emprego Apoiado. Um sistema que reúne trabalhadores/as com deficiência, suas habilidades e os auxilia na inserção no mercado de trabalho.
Seminário Internacional
A FEM-CUT/SP, através de um convite feito pela ABEA – Associação Brasileira de Emprego Apoiado – participa durante essa semana do seminário “As políticas de emprego para os trabalhadores / as com deficiência em Espanha e no Brasil: Fórmulas de inserção no mercado de trabalho regular com especial atenção ao Emprego Apoiado (ACE)”. O Objetivo do seminário é trocar experiências entre as entidades participantes e também avançar no conhecimento de métodos de inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.