A primeira greve nacional dos entregadores de alimentação por aplicativo foi um sucesso na avaliação dos organizadores do movimento, em São Paulo. A grande adesão fez os organizadores paulistanos a planejarem uma nova greve, provavelmente nos dias 11 e 12 de julho (sábado e domingo), se até o final desta semana, as empresas por aplicativo não derem uma resposta favorável às suas reivindicações.
Sorocaba teve adesão da categoria. De acordo com o sindicato que representa os entregadores, o SindMoto Sorocaba, cerca de 65% dos trabalhadores do setor pararam as atividades.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Leandro Soares, reafirmou o apoio da entidade para as reivindicações dos entregadores. “É preciso que a mobilização continue e pressione as empresas para mudanças efetivas. Somente a união dos trabalhadores é capaz de mostrar a força e a importância que temos para economia”.
Entre as reivindicações da categoria estão a entrega de álcool gel, máscaras e equipamentos de segurança que, segundo eles, as empresas como Ifood, Rappi, Loggi, James, Uber, e outras, prometeram, mas não entregaram para ajudá-los na prevenção à Covid 19. As reivindicações envolvem ainda aumentos do preço por quilômetro rodado e do preço mínimo por corrida, seguro de roubo, acidente e vida e fim dos bloqueios indevidos.
“As empresas ainda não deram nenhuma resposta, mas a gente vai dar um prazo, talvez, até sábado ou domingo que vem, e se elas não responderem a gente pode fazer uma nova paralisação no outro fim de semana”, diz Diógenes Silva de Souza, um dos organizadores da greve dos entregadores em São Paulo.
Um estudo recente da Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista (Remir Trabalho) da Unicamp, mostrou que 68% dos entregadores perderam renda durante a pandemia.