Centrais sindicais, sindicatos, associações e movimentos sociais de Sorocaba e região estão intensificando, a partir desta semana, a divulgação da Greve Geral do dia 28 de abril junto ao público que representam.
A orientação do SMetal, que participa dos fóruns locais de debates sobre a data, é que as pessoas se engajem na greve, que terá caráter nacional, não saindo de casa para o trabalho, para a escola ou mesmo para fazer compras.
Na categoria metalúrgica, a greve já foi aprovada em ato público, próximo à alça da Castelinho, no dia 4 de abril.
“Pelo nível de engajamento que temos percebido até agora, não haverá nem carrinho de cachorro quente nas ruas. A população está muito indignada com os ataques que o governo vem fazendo contra os nossos direitos básicos” afirma Ademilson Terto da Silva, presidente do SMetal e coordenador regional da CUT.
Até terça-feira, dia 18, não havia atos públicos programados para o dia 28. Segundo a organização, o clima predominante nas ruas deve ser de silêncio. “Ruas, comércio e máquinas silenciosas deverá ser a mensagem da população em todo o Brasil contra as reformas trabalhista e previdenciária”, avalia Terto.
Assembleias
Para reafirmar a disposição da categoria metalúrgica em participar do movimento, esta semana o SMetal começou a realizar assembleias preparatórias nas fábricas do setor. Na assembleia os dirigentes sindicais lembram aos trabalhadores a importância que a paralisação terá para impedir que os projetos de retirada de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários sejam aprovados no Congresso e sancionados pelo presidente ilegítimo Temer.
Membros da organização da greve, no entanto, afirmam que no dia 28 haverá grupos de militantes percorrendo regiões comerciais e industriais para explicar os motivos da paralisação e pedir que as pessoas participem do protesto.
Dirigentes sindicais metalúrgicos também vão percorrer os corredores que dão acesso às empresas.
As entidades que organizam a greve na região de Sorocaba estão reunidas em dois fóruns de planejamento: a Frente Brasil Popular (FBP) e o Fórum Interinstitucional de Defesa do Direito do Trabalho e da Previdência Social de Sorocaba e Região (FIPE).
Denúncias
A organização pede também que a população denuncie empresas e patrões que forcem os trabalhadores a furar a greve. O SMetal terá um plantão para atender essas denúncias, que poderão ser feitas pelo telefone 3334-5426.