Os empresários estão confiantes. Isso porque estão lucrando, é claro. E se lucram é porque você, trabalhador metalúrgico, faz a sua parte todos os dias garantindo a produção das fábricas.
Mas enquanto eles lucram, você paga a conta. Para além dos 10,42% de inflação acumulada em um ano, sabemos que a situação não está fácil. O pai e mãe de família sentem o peso no bolso para comprar o básico de alimentação (mesmo quem tem o vale-alimentação), para pagar a conta de energia ou ter um botijão de gás, sem falar em outros custos como aluguel, saúde e lazer.
No ano passado, com a Covid-19, os metalúrgicos fizeram a sua parte e continuaram produzindo mesmo durante a pandemia. Saíram de suas casas correndo risco de morte para que as empresas não parassem. O SMetal, por sua vez, buscou acordos para assegurar os postos de trabalho e para proteger a saúde de todos. Era momento de salvar empregos e garantir a vida.
E, como os números mostram, deu certo: a indústria vai muito bem. Mesmo assim, as bancadas patronais reclamam e colocam nas mesas de negociações um reajuste que não atende as expectativas dos trabalhadores.
O presidente do Sindicato, Leandro Soares, enfatiza: “mais do que nunca precisamos dizer aos patrões que não aceitamos receber menos do que merecemos. É nossa mão de obra que garante a produção das fábricas e temos o direito a um reajuste que nos permita viver com dignidade. Somos uma classe de trabalhadores, temos que ser respeitados como tal”.
Portanto, o recado da categoria para os empresários deve ser um só: vamos lutar pelo reajuste integral que reponha a inflação e aumento real. Que os patrões não duvidem da nossa capacidade de mobilização para lutar por um salário justo, que seja condizente com o valor do nosso trabalho.
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