Terminou na manhã desta quarta-feira, dia 26, a greve na metalúrgica YKK. A paralisação havia começado na manhã da ultima quinta, dia 20, depois que os trabalhadores se recusaram a aceitar reajuste salarial de 10%.
A YKK está instalada na zona industrial de Sorocaba e emprega aproximadamente 800 pessoas.
Os funcionários decidiram voltar ao trabalho depois que a empresa ofereceu reajuste de 12% para quem ganha até R$ 3 mil por mês e 11% para quem ganha acima desse valor.
Essa proposta já havia sido feita pela empresa na sexta-feira, mas a fábrica a havia retirado depois de surgir um impasse na negociação dos dias parados.
Os dias parados, principal ponto que impossibilitou o fim da greve na última sexta, serão divididos entre empresa e funcionários. Os grevistas também garantiram o não-desconto do DSR (Descanso Semanal Remunerado).
No período da manhã de ontem, terça, para protestar contra a intransigência da empresa, os trabalhadores foram à Câmara Municipal de Sorocaba, promoveram uma passeata pelo centro de Sorocaba e ainda almoçaram marmitas no pátio do Ciesp, entidade que representa as indústrias em nível local e regional.
“Os trabalhadores estão de parabéns pelo senso de unidade. Só com demonstração de força dessa magnitude que eles [funcionários] vão conseguir melhoras no ambiente de trabalho na YKK, que ainda abusa do assédio moral na linha de produção”, diz João de Moraes Farani, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.