Junções de Ministérios, carteira verde amarela e falta de representatividade de mulheres na escolha dos representantes do governo federal, além da escolha de ministros fichas sujas. Esses são alguns dos assuntos tratados recentemente, após eleições.
Torcemos para que o governo do Bolsonaro não seja tão horripilante quanto demonstra ser. Mas, de fato, o que está sendo proposto é mais um desmantelamento dos direitos trabalhistas, pior que a era Temer (como isso pode ser possível?).
Um dos jargões de Bolsonaro é: você prefere emprego ou direitos? Pois bem, já observamos que há trabalhadores que estão aceitando emprego sem saber se a empresa poderá pagar o salário em dia, aceitando trabalho intermitente, e precário.
Nessa lógica, o país continuará ainda a escrever na página da escravidão. Se olharmos para 2014, quando o Brasil tinha baixíssimos índice de desemprego, vemos quanto retrocessos um golpe pode fazer com o país.
Um golpe dado em 2016 que tirou uma presidente eleita sem provas (confirmou-se depois que sequer houve a tal pedalada) para colocar no poder um conluio de políticos, com apoio da mídia e do judiciário, para implementar a Reforma Trabalhista e outros danos à classe trabalhadora.
Agora, o juiz Sérgio Moro, que atuou para prender Lula e tirá-lo das eleições, foi convidado a compor Ministério do governo Bolsonaro, como já estava escrito na cartilha dos golpistas.
Continuaremos a dizer que foi golpe em 2016 e que Bolsonaro ganhou, democraticamente, uma eleição por meio de uma fabricação de fake news. Mentiras que a rodo encheram os grupos de WhatsApp e que deu trabalho para o Facebook o Google para retirar milhares de páginas fake da rede.
Mas então, como será o cenário a partir de 2019 para os trabalhadores e para a sociedade, em geral? O cenário continua a ser de luta contra a fabricação de consenso (os dos jargões e resoluções fáceis e autoritárias para problemas complexos).
Será de luta para preservar direitos, contra a aprovação da Reforma da Previdência, que ameaça a ser colocada em votação ainda neste ano. Contra a carteira verde e amarela, que apenas contrata mão de obra sem direitos, sem garantias de dignidade.
O gás de cozinha, o combustível só aumentam. O custo de vida não diminuirá em 2019. Mas, nos resta a batalha das ruas, das reivindicações. Se não fosse a luta do sindicato, a luta coletiva, a categoria não conseguiria aumento real na Campanha Salarial deste ano. Nem a garantia dos direitos preservados pelas cláusulas sociais das Convenções Coletivas.
Sabemos de que lado estamos e resistiremos para que, um dia, possamos avançar no projeto democrático.