O economista Fernando Lima, responsável pela subseção do Dieese no Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, recomenda aos trabalhadores que planejem com antecedência como gastar o 13º salário, a fim de evitar problemas no orçamento familiar já no início de 2013. Segundo Lima, é comum a falta de planejamento orçamentário causar conflitos familiares devido às dívidas acumuladas.
Para o economista, o metalúrgico deve utilizar o 13º para pagar ou amortizar dívidas que implicam em juros altos, como cartão de crédito (10 a 12% ao mês) e cheque especial (no mínimo 6,5% ao mês).
“Essas dívidas corroem a renda e, se crescerem muito, podem até fazer o trabalhador perder o crédito na praça”, explica Lima.
Em segundo lugar, o trabalhador deve economizar parte do 13º para as contas de início de ano (como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar).
Mais sugestões
Na sequência, Lima sugere que o metalúrgico relacione em um papel alguns gastos que pretende para o final de ano, como compra de presentes, ceia natalina, reforma na casa, algum bem de consumo (como uma TV nova) e defina em qual item vai aplicar parte do 13º.
Por fim, o economista recomenda que, feitas as contas dos itens anteriores, o trabalhador reserve algum valor do 13º para aplicar em uma poupança, “que é um investimento sem riscos e que não paga imposto de renda”, explica Lima.
“Mas, para funcionar, essas prioridades devem ser colocadas no papel. Deve haver um planejamento, uma relação dos gastos e o valor do 13º salário que será aplicado em cada item”, ensina o economista.
