No final da semana, foi a vez dos metalúrgicos do Grupo Metalvic, Schaeffler e Jurid receberem assembleias informativas
Nesta semana, os dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) estiveram em diversas empresas para falar sobre a Campanha Salarial de 2022. No final da semana, foi a vez dos metalúrgicos do Grupo Metalvic, Schaeffler e Jurid receberem assembleias informativas nas empresas em que trabalham.
Os representantes sindicais comentaram, em todos os encontros, a respeito da data-base dos metalúrgicos (1º de setembro) e sobre a desvalorização salarial até o momento. Desde setembro de 2021, até agosto de 2022, os metalúrgicos acumulam um percentual de 8,83% de perdas – com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado durante o período.
No Grupo Metalvic, localizado em Araçariguama, os trabalhadores foram alertados sobre a importância da união neste momento. Wagner Bueno (Sorveteiro), dirigente responsável pelas tratativas com a fábrica, comentou que há grupos patronais que estão sinalizando o parcelamento do reajuste. “Assim como em 2021, enfrentamos a resistência das bancadas patronais quando o assunto é conceder aos metalúrgicos aquilo que é nosso por direito. As entidades não irão aceitar nenhum parcelamento e contamos com a força de vocês, que estão na base, para intensificarmos a luta”, disse.
O empenho da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM/CUT-SP) e dos 13 sindicatos filiados na defesa do reajuste da categoria também foi pauta da fala de Francisco Lucrécio Júnior Saldanha, diretor executivo do Sindicato, durante uma assembleia realizada na Nipro. Saldanha recordou que: “apenas pela força coletiva das entidades – juntamente aos companheiros – é que grandes avanços foram conquistados”. Para o sindicalista, o momento é de recordar as lutas empenhadas no passado, para guiar o futuro.
Na Schaeffler, Valdeci Henrique da Silva (Verdinho), vice-presidente do SMetal, recordou que a deflação, registrada nos últimos dois meses, impactou no índice final do INPC. “Sabemos que o trabalhador e a trabalhadora sentiram, durante o ano inteiro, os impactos dos preços nos supermercados, postos de gasolina e em outros serviços primordiais. A medida do governo, que fez com que os últimos dois meses (julho e agosto) registrassem deflação, é paliativa e eleitoreira. O trabalhador precisa ter seu poder de compra reposto”, alertou.
O dirigente também conduziu uma assembleia na Jurid e comentou com os trabalhadores sobre a situação das negociações. No local, ele também recordou que, na próxima semana, o SMetal irá realizar assembleia – eletrônica e presencial – para que a categoria vote as propostas das bancadas patronais.
“É fundamental avaliar e decidir os próximos passos. Além disso, é muito importante que os metalúrgicos também deem seu voto nas propostas apresentadas para que possamos seguir com as negociações em busca de mais uma Campanha Salarial vitoriosa”, diz Valdeci Henrique da Silva (Verdinho), vice-presidente do SMetal.
