Editorial

Dica para quem quer anular a reforma

No editorial da Folha, entenda a importância da campanha da CUT que pretende anular a lei da reforma trabalhista, que entra em vigor a partir de 11 de novembro e muda as relações de trabalho no Brasil

Imprensa SMetal
Divulgação
A subsede da CUT Sorocaba pretende recolher todos os formulários assinados e preenchidos na região até o dia 7 de novembro.

A subsede da CUT Sorocaba pretende recolher todos os formulários assinados e preenchidos na região até o dia 7 de novembro.

Está circulando nas empresas de Sorocaba e região, onde os trabalhadores são representados por sindicatos da CUT, um abaixo-assinado que, caso colha número suficiente de assinaturas, irá se transformar em um Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) com potencial para derrubar a reforma trabalhista, que tantos prejuízos e insegurança traz aos brasileiros de hoje e do futuro.

A CUT vem liderando essa coleta de assinaturas em todo o país, com apoio dos sindicatos filiados e movimentos sociais. O objetivo é conseguir 1,3 milhão de assinaturas, o que equivale a 1% do eleitorado brasileiro e obrigaria o Congresso a colocar o projeto em discussão.

Algumas pessoas podem argumentar que o Congresso que aprovou a famigerada reforma golpista do Temer não vai aprovar um PLIP que pretende anular essa mesma reforma. Porém, vale lembrar que muitos deputados que ajudaram a aprovar a reforma tiveram suas imagens bastante desgastadas junto ao eleitorado consciente e trabalhador. Foram os casos do Vitor Lippi (PSDB) e outros parlamentares eleitos pela Região Metropolitana de Sorocaba.

Esses deputados precisariam ter novamente o descaramento de votar frontalmente contra os interesses dos trabalhadores e a favor do desmonte de toda a legislação de hoje e do futuro.

Vale lembrar também que ano que vem tem eleição. E esses deputados que mostraram estar do lado oposto aos trabalhadores vão ter que pedir votos da população de novo.

No limite, ao mostrar sua insatisfação com a reforma, por meio do abaixo-assinado e também nos protestos organizados por movimentos sindicais e sociais, demonstram também que aprenderam a valorizar mais os votos em deputados e senadores; e não apenas em presidentes da república e governadores.

Se essa impressão for verdadeira, os brasileiros poderão eleger parlamentares leais, democráticos e comprometidos com as causas dos trabalhadores e da justiça social em 2018. Caso essa possibilidade benéfica se concretize, esse novo Congresso poderá rever a infame reforma trabalhista aprovada pelos seus antecessores.

Voltando ao abaixo-assinado, em Sorocaba e região a iniciativa é da subsede da CUT e sindicatos filiados, o que inclui o SMetal.

Os metalúrgicos podem aderir ao documento, nas fábricas onde há Comitês Sindicais de Empresa (CSE), procurando um membro do CSE. Também há formulários do abaixo-assinado nas sedes do SMetal e no Clube de Campo.

Os metalúrgicos, como formam uma das categorias mais participativas e conscientes da história contemporânea do Brasil, também podem pedir para seus amigos e familiares preencherem o formulário.

Outra possibilidade é assinar o documento durante os mutirões que o SMetal vem realizando nos bairros aos sábados. Neste sábado, dia 21, por exemplo, a coleta de assinaturas será no Parque Vitória Régia, em Sorocaba, no período da manhã.

Em todos os casos, é importante estar com o número do título de eleitor em mãos.

Mas quem realmente quer colaborar pra que a reforma trabalhista seja anulada pelo Congresso Nacional não pode ficar esperando o tempo passar. Deve correr atrás de uma das opções de adesão descritas neste texto.

A subsede da CUT pretende recolher todos os formulários assinados e preenchidos na região até o dia 7 de novembro. A CUT nacional, por sua vez, quer fazer um balanço da campanha no país no dia 8 de novembro para, em seguida, protocolar o Projeto de Lei de Iniciativa Popular no Congresso Nacional.

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