Governo Alckimin

Desvios na merenda escolar podem chegar a R$ 20 milhões

O Ministério Público paulista investiga a possibilidade de que o esquema de fraude nos contratos da merenda escolar em prefeituras paulistas e no governo Geraldo Alckmin (PSDB) chegue a R$ 20 milhões

Imprensa SMetal
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O Ministério Público paulista investiga a possibilidade de que o esquema de fraude nos contratos da merenda escolar em prefeituras paulistas e no governo Geraldo Alckmin (PSDB) chegue a R$ 20 milhões, sendo R$ 2 milhões desse valor voltados à propina.

Segundo o promotor de Justiça Leonardo Romanelli, documentos apreendidos na segunda fase da Operação Alba Branca, mostram que a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), que operava o esquema, assinou ao menos R$ 7 milhões em contratos com 20 cidades paulistas, entre 2013 e 2015, para fornecer alimentos para a merenda das escolas estaduais paulistas.

“A gente tem certeza de que os valores são muito maiores do que os calculados até agora. Certamente atingem, só de propina e comissões ilegais, de R$ 700 mil até R$ 2 milhões. E sobre os contratos com o poder público, nós acreditamos que essa estimativa de R$ 7 milhões possa até triplicar”, afirmou Romanelli, ao portal G1.

As novas denúncias contra a cooperativa apontam que a instituição desviou ainda dinheiro federal, que deveria indenizar os produtores pelos alimentos que sobravam.

A força-tarefa que investiga o esquema quer saber se agentes públicos facilitaram a fraude nas licitações. Na quinta-feira, dia 31, o lobista Marcel Júlio, tido como o principal elo entre os políticos do PSDB de São Paulo e a máfia da merenda, se entregou à Polícia Civil em Bebedouro, interior do estado.

Seu pai, o ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo Leonel Júlio, foi um dos presos na segunda fase da operação. Marcel seria o encarregado dos contatos junto às prefeituras.

A investigação aponta ainda para o suposto envolvimento do atual presidente da Alesp, deputado Fernando Capez (PSDB), do ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Alckmin Luiz Roberto dos Santos, o Moita, e de outros parlamentares no esquema.

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