A delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, relata o pagamento pela empreiteira, entre 2006 e 2014, de mais de R$ 80 milhões em propina, caixa dois e doações de campanha a quase 50 políticos.
O PMDB é o principal atingido, sendo citados Michel Temer, Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil, Geddel Vieira Lima, ex-secretário de Governo, além dos senadores Romero Jucá, ex-ministro do Planejamento, Renan Calheiros e Eunício Oliveira.
Naquele ano, R$ 4 milhões teriam sido entregues aos cuidados de Padilha, assessor da Presidência, e R$ 6 mi para a campanha de Paulo Skaf (PMDB) ao governo de São Paulo.
Alckmin
Segundo delações da Odebrecht, a empresa também realizou pagamento de caixa dois, em dinheiro vivo, para as campanhas de 2010 e 2014 do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). De acordo com delatores, R$ 2 milhões em espécie foram repassados ao empresário Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama, Lu Alckmin.