Imunização

Começa no próximo sábado a vacinação contra a gripe H1N1

A campanha de vacinação contra o vírus H1N1 começa neste sábado, dia 30, e pretende imunizar nas unidades de saúde, as pessoas que fazem parte do grupo de risco

Jornal Cruzeiro
Alexandre Lombardi

Febre alta, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse seca. Quem tem esses sintomas — descritos pelo próprio Ministério da Saúde, em sua página na internet — possui uma grande chance de estar gripado. E se a gripe em si já é um problema considerável, a chance de a doença ser causada pelo vírus H1N1 causa ainda mais preocupação.

Também por isso, é importante que as pessoas que compõem os grupos de risco da doença sejam vacinadas nas unidades públicas de saúde, na campanha que começa no próximo sábado. dia 30 de abril, em Sorocaba (quem está fora dessa classificação pode receber a dose em clínicas particulares). Fazem parte dos grupos de risco os profissionais de saúde de hospitais públicos e privados, crianças maiores de 6 meses a menores de 5 anos de idade, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), idosos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis, detentos e funcionários do sistema prisional, além de jovens (de 12 a 21 anos de idade) sob medidas socioeducativas.

A sistemática da vacinação ainda depende da confirmação do número de doses que serão disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, por intermédio da Secretaria de Estado da Saúde. A Secretaria de Saúde de Sorocaba (SES) ainda aguarda o recebimento das doses, que vão proteger a população contra os vírus A/California (H1N1), A/Hong Kong (H3N2) e B/Brisbane. A exemplo dos últimos anos, a previsão é que elas sejam liberadas aos municípios às vésperas do “Dia D”, como vem sendo chamada a data do pontapé inicial da campanha.

Embora muito importante, a vacinação não é a única forma de prevenção à gripe H1N1. O próprio Ministério da Saúde orienta sobre medidas que também podem ser úteis para evitar o problema: lavar sempre as mãos e evitar locais com aglomeração de pessoas que facilitam a transmissão de doenças respiratórias, cobrir a boca com o braço ao tossir ou espirrar, utilizar álcool gel nas mãos e, caso julgue necessário, utilizar máscara de proteção.

Tamiflu

O medicamento mais comumente utilizado para o tratamento da gripe H1N1 é o Oseltamivir (o popular Tamiflu). Seu uso, porém, requer uma série de cuidados. Segundo a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica, Renata Guida Caldeira, o remédio não é um antigripal e, sim, um dos únicos medicamentos capazes de atuar contra o vírus influenza, causador de gripes como a H1N1. “Geralmente, é receitado para os casos graves e com real probabilidade de evoluírem para quadros mais sérios, inclusive, com possibilidade de morte do paciente. No caso de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), o paciente ainda costuma receber antibiótico, hidratação venosa e oxigenação monitorada, além de exames complementares”, afirma.

A aquisição do Tamiflu é realizada pelo Ministério da Saúde e cabe ao Estado a redistribuição aos municípios. Esse tipo de medicamento não está disponível nas farmácias e só é distribuído nas unidades de saúde, mediante prescrição médica. “Ocorre que há muita desinformação. Tem gente indo no posto de saúde para pedir o medicamento para tratar de algum parente em casa, sem saber direito se a pessoa tem gripe, resfriado ou outra enfermidade cujos sintomas são parecidos”, enfatiza o diretor da Área de Vigilância em Saúde da SES, Rafael Reinoso.

Segundo ele, os médicos da rede municipal foram capacitados a receitar o Tamiflu de forma criteriosa, conforme especifica protocolo de atendimento que estabelece classificação de risco e manejo de pacientes de SRAG e síndrome gripal (SG). “O uso indiscriminado desse medicamento pode tornar o vírus da gripe mais resistente aos efeitos do Tamiflu. Sem contar que a prescrição sem critérios ainda pode favorecer o desabastecimento da rede, cuja falta pode prejudicar aqueles pacientes que realmente necessitam desse remédio”, exemplifica Rafael.

A orientação da Secretaria de Saúde é para que as pessoas procurem por atendimento na rede básica em caso de constatação de febre de início súbito, acompanhada de tosse e dor de garganta, e ainda dor de garganta, muscular ou nas articulações.

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