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Coletivo realiza ação para combater pobreza menstrual em Sorocaba

Doações podem ser feitas em dinheiro ou na adesão de uma rifa organizada pelo Coletivo Luas; na cidade, a vereadora Iara Bernardi (PT) propôs projeto de lei de combate à precariedade menstrual

Imprensa SMetal
Caroline Queiróz Tomaz/Imprensa SMetal
Pobreza e precariedade menstrual atinge meninas e mulheres em todo o mundo

Pobreza e precariedade menstrual atinge meninas e mulheres em todo o mundo

O Coletivo Luas, organização criada por estudantes do curso de Geografia da Universidade Federal de São Carlos (campus Sorocaba) e da Universidade Estadual de São Paulo, divulgam ação para combater pobreza e precariedade menstrual em Sorocaba.

De acordo com o estudo “Pobreza menstrual no Brasil: desigualdades e violações de direitos” produzido pela UNICEF, a pobreza menstrual constitui em, literalmente, o fato de uma parte da população que menstrua não possuir condições para a aquisição de produtos que auxiliam no controle menstrual, portanto, a erradicação da pobreza menstrual constitui-se como um ponto fundamental no direito à saúde, a água e ao saneamento básico para crianças, adolescentes e adultos.

Diante da realidade do país, em que uma parcela da população não possuí recursos tampouco para se alimentar e vestir, o Coletivo Luas está arrecadando fundos para converter em absorventes íntimos, calcinhas, sabonetes e papel higiênico – que serão destinados à mais de 500 pessoas residentes na Ocupação Dandara em Sorocaba.

Os interessados em participar podem fazer doações por meio do código pix (f57c071b-14e2-4c5a-930d-49b8ebb5412e) ou rifas realizadas através do Instagram do Coletivo Luas. Quem quiser doar presencialmente, pode entrar em contato por (15) 99738-3483 (11) 977414032 e solicitar mais informações sobre os locais.

Iara Bernardi

Desde junho deste ano, tramita na Câmara o Projeto de Lei 208/2021, de autoria da vereadora Iara Bernardi (PT), que cria em Sorocaba o “Programa Municipal de Combate à Precariedade Menstrual”. O PL, que objetiva estratégias que garantam o acesso a produtos de higiene e outros recursos necessários ao período da menstruação, assim como a promoção de programas conjuntos de educação sexual que abordem a educação menstrual, está aguardando manifestação do Prefeito Manga.

A intenção é promover no município o fornecimento de absorventes descartáveis e absorventes de tecido reutilizáveis, coletores menstruais descartáveis ou reutilizáveis e calcinhas menstruais nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), unidades dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e nas escolas do município.

Segundo Iara, projetos como esse têm como objetivo sensibilizar o Executivo a pensar em políticas públicas para determinados públicos. “Esse é um problema que pouco se falava, mas que sempre existiu e hoje é pauta nacional. Uma dificuldade grande que as nossas meninas e mulheres enfrentam e que precisa de atenção do Poder Público urgente”, destacou.

Questão de saúde pública

Pesquisa conduzida por uma marca de higiene íntima, em maio de 2021, com 1.124 mulheres do país, apontou que 29% delas já haviam ficado sem dinheiro para comprar absorventes. Outras 28% afirmaram que faltaram à escola devido à falta do item de higiene.

Em 2014, a ONU reconheceu o direito das mulheres à higiene menstrual como uma questão de saúde pública, tema que resultou, em maio de 2021, na pesquisa “Pobreza Menstrual no Brasil: Desigualdades e Violações de Direitos”, desenvolvida pelas agências: Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

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