A sexta-feira, 16, teve mais uma importante rodada de assembleias de mobilização da Campanha Salarial 2022. Os dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região estiveram em mais cinco empresas para falar com os trabalhadores sobre o andamento das negociações.
Pela manhã, aconteceu assembleia na Hurth Infer e na GK 108, ambas em Sorocaba, e a Junior Flex, em Araçariguama. No período da tarde foi a vez JCB e PGG, localizadas no território sorocabano.
O vice-presidente do Sindicato, Valdeci Henrique da Silva (Verdinho), destacou que, além de buscar a valorização salarial, é preciso garantir os direitos. “A Convenção Coletiva do grupo 8.3, do qual a GK 108 faz parte, venceu no final de agosto e é fundamental a renovação para que estejamos seguros e com importantes direitos trabalhistas garantidos, além de batalharmos por um reajuste digno para a categoria”.
Antonio Welber Filho (Bizu), diretor executivo do SMetal, explicou para os trabalhadores da Hurth Infer que as bancadas patronais querem o parcelamento do reajuste salarial. “Como aconteceu no ano passado, os empresários querem o pagamento da data-base em duas vezes e isso não aceitamos. Nossa categoria já perdeu muito com a inflação em 12 meses e qualquer proposta de dividir faz com que as perdas sejam ainda maiores. Vamos seguir lutando pela nossa valorização”.
Em Araçariguama, o dirigente Sindical Wagner Bueno destacou que, apesar da deflação registrada nos dois últimos meses, o custo de vida continua caro. “As perdas que tivemos em um ano somam 8,83% e, nesse período, sentimos no bolso que tudo está custando mais, especialmente os alimentos. As medidas do governo para baixar os preços dos combustíveis pouco efeito têm de fato na nossa vida e somente com a valorização do nosso salário podemos minimizar essa situação”.
No período da tarde, também teve assembleia na PGG. Além do PPR, os representantes sindicais aproveitaram para conversar sobre a Campanha na empresa. “Teremos um ano de desafios, uma vez que as bancadas patronais sinalizam até que querem parcelar o nosso reajuste. Mas não iremos aceitar o retrocesso e lutaremos pela reposição dessas perdas”, comentou Alessandro Marcelo Nunes (Marcelinho), dirigente responsável pelas negociações com a empresa.
Mais à tarde, os metalúrgicos da JCB do Brasil receberam as atualizações da Campanha Salarial por parte dos sindicalistas do SMetal. O assessor sindical Francisco José Ferreira destacou durante o encontro que a mobilização será a chave para esse ano. “Para que as bancadas patronais saibam da força e da credibilidade do Sindicato, é mais do que importante ter a participação de todos nesse processo. Sabemos que não será fácil, mas apenas a união irá garantir a vitória”, disse.
Campanha Salarial
A data-base dos metalúrgicos acumula 8,83% de perdas com a inflação. As negociações da Federação Estadual dos Metalúrgicos e dos 13 sindicatos filiados, entre eles o SMetal, com as bancadas patronais já estão acontecendo.
A pauta de reivindicações entregue para os empresários foi aprovada pela categoria metalúrgica no Estado de São Paulo (FEM-CUT/SP) e traz importantes medidas como garantia de direitos e reajuste salarial digno.
Como ocorreu no ano passado, os sindicalistas enfrentam as tentativas dos patrões em parcelar o reajuste salarial em até três vezes e, ainda, a retirada de direitos fundamentais da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
A FEM-CUT/SP e o SMetal já rejeitaram tais propostas e contam com a mobilização dos metalúrgicos para buscar mais uma Campanha Salarial vitoriosa.
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