A coordenação da campanha em prol da construção de um hospital público municipal em Sorocaba protocola amanhã, dia 15, às 10h, na Câmara de Vereadores, o projeto de lei de iniciativa popular que trata do assunto.
Resultado de dois meses de campanha, que coletou adesões em vários pontos da cidade, o projeto de lei reúne 26.537 assinaturas de eleitores sorocabanos que apoiam a construção da nova unidade de saúde.
“Poderíamos ter coletado muitas mais assinaturas, mas o projeto exige que a pessoa preencha o número do título de eleitor, o que dificulta a adesão nas fábricas e outros locais, visto que não é costume a pessoa andar com o documento”, afirma Ademilson Terto da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, uma das instituições que coordenou a campanha.
Vereadores
O vereador Izídio de Brito (PT), apoiador da iniciativa, comprometeu-se a recepcionar a campanha do Hospital Municipal amanhã na Câmara e diz que pedir urgência aos demais vereadores na tramitação do projeto.
O vereador petista é autor de uma emenda, aprovada nas Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de Sorocaba, em junho de 2011, que prevê a construção do hospital. Mas a emenda não foi executada pelo prefeito Vitor Lippi (PSDB). Izídio também apresentou uma emenda ao Orçamento deste ano sobre o mesmo tema, mas a proposta foi derrubada em plenário.
6 mil folhas
As 26 mil assinaturas do projeto estão distribuídas em cerca de 6 mil folhas tamanho A4, onde constam um cabeçalho padrão sobre a criação do hospital municipal, o nome e a assinatura do eleitor de Sorocaba, o número do título eleitoral, a zona e a seção de votação.
Para dar entrada na Câmara, o projeto de lei de iniciativa popular precisa ter a adesão de pelo menos 5% do eleitorado de Sorocaba. Como a estimativa de eleitores da cidade este ano é de 440 mil pessoas, os 5% representam 22 mil assinaturas.
A campanha pelo hospital, portanto, superou em mais de quatro mil assinaturas a exigência prevista na Lei Orgânica do Município.
Mais de 300 adesões já foram descartadas pela coordenação devido a falhas no preenchimento, como falta de título de eleitor ou de seção eleitoral. “Por isso acreditamos que as 26.537 assinaturas que vamos protocolar amanhã serão consideradas válidas”, afirma Terto.