Saúde

Auditoria fiscal do hospital Santa Casa depende do prefeito

Vereadores da Comissão da Saúde da Câmara reuniram-se nesta quarta-feira, dia 12, com o gestor da Santa Casa, Francisco Fernandes

Imprensa SMetal
Foguinho

O gestor Francisco Fernandes com os vereadores Apolo e Izídio

Vereadores da Comissão da Saúde da Câmara reuniram-se nesta quarta-feira, dia 12, com o gestor da Santa Casa, Francisco Fernandes, para acompanhar as ações que estão sendo realizadas desde a requisição do hospital feita pela Prefeitura de Sorocaba.

Questionado sobre as auditorias que devem ser feitas o gestor informou que a patrimonial está em processo de finalização e mostrará os equipamentos e as condições dos mesmos que foram requisitados. “Em até 60 dias o relatório deve ser entregue”, afirma Fernandes.

Quanto ao inventário interno elaborado foi apontado um rombo de R$ 1 milhão no estoque da farmácia. “Tinha que ter R$ 2 milhões e havia apenas R$ 1,1 milhão. Por falta de procedimento no controle do estoque e de fiscalização da gestão anterior”, segundo Fernandes.

Mas o relatório principal, que deve apontar os problemas financeiros da gestão anterior, depende da auditoria fiscal, que será retroativa em cinco anos, no mínimo. Fernandes conta que se reunirá com o prefeito Antonio Carlos Pannunzio para solicitar agilidade para a contratação da empresa que fará essa auditoria.

Backup´s
O gestor conta que foram feitas cópias dos arquivos dos servidores tanto da Santa Casa Saúde quanto da Irmandade. “Estão guardados para serem entregues à empresa que assumir essa auditoria fiscal e financeira”.
Em relação à detecção de irregularidades Fernandes disse aos vereadores Izídio de Brito (PT) e Fernando Dini (PMDB) que não tem nenhum documento que comprove má fé da gestão anterior. “O que é há é muita negociação feita sem contrato, mas os contratos existentes estão dentro do padrão”.

Casamata
Izídio aproveitou a oportunidade para cobrar informação sobre o dinheiro investido na construção da casamata, que serviria para abrigar o acelerador linear para tratamento de câncer. Mas Fernandes diz que não há documentação a respeito do dinheiro investido e que se reunirá com o engenheiro responsável pela obra, iniciada em 2008, para obter mais dados.

Mas, Fernandes garantiu que a Santa Casa de Sorocaba está em negociação com o Ministério da Saúde, por meio de projeto, para não perder o acelerador. “Se tivermos que construir em outro local a casamata, seguiremos todas as especificações necessárias”, diz.

Santa Casa Saúde
Ainda conforme Fernandes, até o dia 31 deste mês, a Santa Casa Saúde não ocupará mais nenhum espaço dentro da Santa Casa. Inclusive, a administração da gestão atual fará a mudança da sala que fica na entrada principal para o prédio ao lado.

Gargalos
Izídio e Dini comentaram que em relação às ocupações dos leitos houve uma melhora significativa nesses quase dois meses de requisição, mas que sentem uma lentidão ainda no processo da Central de Regulação.

Conforme Fernandes, nessa terça-feira, dia 11, foi feita uma reunião com os responsáveis pelos hospitais da cidade, UPH´s e UPA´s para que todos se conscientizem do funcionamento da central e “que todas as pontas sejam dotadas de estrutura para seguirem os mesmos ritmos”. Ele explicou que a Santa Casa agora atende somente casos já triados pelas unidades básicas, pré-hospitalares e prontos atendimentos.

Atualmente, a média de ocupação dos leitos varia de 60 a 65% na maternidade, pediatria 50%, clínico geral em 85% e UTI praticamente 100%. “Já informei ao prefeito de que ainda existe uma carência em leitos para adultos em casos graves”.

“Desde a requisição pela prefeitura a UTI aqui nunca teve menos de 18 pacientes”, informa. Sendo que antes havia 12 leitos na gestão anterior, pois 8 eram destinadas aos conveniados.
Um gargalo apontado durante a reunião é a radioterapia para casos de próstata. “Há 90 pacientes na fila para as sessões de radioterapia, que ultrapassa os 60 dias (recomendados) de espera, mas todos estão sendo tratados com hormonoterapia”.
Segundo o gestor, o aparelho de radioterapia da Santa Casa trabalha no limite.

Organização Social

Desde que assumiu Francisco Fernandes tem seis meses para deixar o hospital em condições para o dia a dia. A partir de abril e até junho, ele terá que começar e finalizar um projeto para apresentar à prefeitura para a contratação de um modelo de gestão. Juridicamente, a gestão atual não pode contratar uma Organização Social (OS). Nesse caso, o prefeito Pannunzio terá que decidir sobre o modelo de gestão que será feito.

Fernandes citou que para ele a referência de modelo ideal de gestão é o hospital do Banco de Olhos.
Nesta quinta-feira, dia 13, em reunião marcada com o secretário municipal de saúde Armando Raggio, Fernandes terá em mãos o balanço de contabilidade do mês de feveiro. “Posso afirmar que em 45 dias gastamos (R$ 4,5 milhões) menos que 30 dias da gestão anterior”.

A Comissão da Saúde da Câmara Municipal de Sorocaba deve se reunir uma vez por mês com Francisco Fernandes para acompanhar as ações. O vereador Apolo (PSB) também integra a comissão.

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